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Imagem de capa da exposição

Um século de agora

São Paulo

Itaú Cultural

15/11/2022 - 02/04/2023

Idioma do conteúdo

Apresentação da exposição

O ano de 2022 nasceu marcado pelos cem anos da Semana de arte moderna de 1922 – um dos mais importantes eventos para a arte e a cultura brasileira –, contudo as transformações sociais e culturais pelas quais passamos nos obrigam a manter os pés no presente. Por isso, além de celebrar o momento histórico, a exposição Um século de agora propõe expandir os horizontes e trazer narrativas que nos fazem refletir e confrontar hegemonias sustentadas há tanto tempo. Nesta mostra, que traz uma curadoria compartilhada por três mulheres com diferentes trajetórias – Júlia Rebouças, Luciara Ribeiro e Naine Terena de Jesus –, apresentamos um panorama atual da arte e da cultura produzida no Brasil. São 25 agentes com vivências e experiências em territórios sociais, culturais, políticos e geográficos distintos, mas que, reunidos nos três andares da exposição, constroem uma mensagem unificada: a de que somos muitos e estamos aqui para escrever um novo século a partir de novos olhares. Depois de trazer importantes exposições individuais de artistas visuais, o Itaú Cultural (IC) abre as portas para uma exposição coletiva de artistas e coletivos que não só se manifestam por meio de múltiplas linguagens, mas, sobretudo, apresentam obras e projetos realizados ou concluídos, em sua maioria, em 2022 – ou seja, no agora. Além da mostra que se desenvolve no espaço expositivo, o IC realiza outras ações no campo das artes visuais, como exposições virtuais e conteúdos digitais exclusivos, no site e na Enciclopédia Itaú Cultural. ITAÚ CULTURAL

Apresentação da exposição

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AUDIOGUIA 1 - Boas-vindas

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AUDIOGUIA 2 - Memória

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AUDIOGUIA 3 - Território e Identidade

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AUDIOGUIA 4 - Técnicas e Materialidades

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1º ANDAR

No avançar do ano de 2022, apesar do vírus, das queimadas, da bandeira e dos bandeirantes, reunimo-nos para refletir sobre a herança da Semana de arte moderna de 1922 a partir da produção artística e cultural de artistas que estão em atuação cem anos depois. Esse legado, que ajuda a dar corpo à matéria do presente, arrasta consigo promessas e dívidas, desejos e frustrações em torno desse potente ambiente de criação que chamamos de cultura brasileira. Um século de agora reúne artistas e agentes da cultura que apresentam obras e projetos datados, em sua maioria, de 2022 – concluídos ou realizados neste ano –, sendo alguns trabalhos comissionados para esta mostra. Oriundos de 11 diferentes estados brasileiros, são pessoas que transitam por territórios geográficos, sociais e políticos produtores de dissidências, afirmando diferentes centralidades e recusando a hegemonia de eixos econômicos. São artistas que engendram experiências que usualmente passam ao largo das efemérides oficiais e que, aqui, defendem perspectivas que concorrem com as narrativas derivativas da Semana de arte moderna de 1922, seja para adicionar contrapontos, seja para desafiar seus termos, em um exercício de reescrita constante da história. Como projeto de exposição, pretendemos pensar nas manifestações culturais e na criação artística como afirmações de um sentido de coletividade na alteridade, de comunhão no exercício da diversidade, de reelaboração histórica para invenção do agora. Júlia Rebouças, Luciara Ribeiro e Naine Terena de Jesus

1º ANDAR

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AD 1 - Mapa tátil + descrição do espaço + Texto curatorial

Território: Espaços físicos e imaginários 01

Amanda Melo da Mota Quartilhões e Barricadas, 2022 Instalação Coleção da artista Foto: Renato Parada/ Itaú Cultural

Amanda Melo da Mota

Território: Espaços físicos e imaginários 01

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Território: Espaços físicos e imaginários 02

Imagem 1 davi de jesus do nascimento maura murou a casa com o mau da língua, da série águas guardadas, 2022 Instalação (tapete de tamarindos, madeiras de enchente dependuradas por anzóis, balança com carranca, baleiro de bar com tamarindos, maleta de madeira) Coleção do artista Foto: Acervo do Artista / Divulgação

Davi de Jesus do Nascimento

Território: Espaços físicos e imaginários 02

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Território: Espaços físicos e imaginários 03

A TRANSÄLIEN COSMOVERSE ARKSTRA, 2020 conceito, direção e atuação: A TRANSÄLIEN design de som e edição: Saskia Frame filme comissionado pelo Instituto Moreira Salles para a III mostra Negritude infinita, 2021

A TRANSÄLIEN

Território: Espaços físicos e imaginários 03

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Identidades - questões indígenas e afro-diaspóricas e questões históricas

Imagem 1 Carmézia Emiliano 25 anos fazendo arte, 2017 Óleo sobre tela Coleção Augusto Luitgards Foto: Acervo da artista/ Divulgação Imagem 2 Carmézia Emiliano Damurida, 2020 Óleo sobre tela Coleção Augusto Luitgards Foto: Acervo do Artista / Divulgação

Carmézia Emiliano

Identidades - questões indígenas e afro-diaspóricas e questões históricas
Identidades - questões indígenas e afro-diaspóricas e questões históricas

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1º SUBSOLO

Estar presente no momento que se reconhece como “o agora” nos traz a sensação de fazer parte de um apanhado de expectativas criadas em torno da potência de recriação ou da ressignificação de fatores socioculturais que consolidaram uma perspectiva de brasilidade. Esse sentimento se enraizou de tempo em tempo em diferentes núcleos de ação espalhados pelo país, mas é neste momento de avanços tecnológicos digitais que vemos as contranarrativas sendo inscritas a todo momento e disparadas de forma muito incisiva por aqueles que sempre disseram “Estamos aqui”, embora não fossem considerados nos discursos oficiais. E o fazem agora na forma de pensamento fluido, como perspectiva de outras narrativas, caracterizando uma importante maneira de pensar as contradições que vivemos no decorrer da história. Com base nessa perspectiva, podemos apreender, a partir das obras aqui apresentadas, algumas questões pertinentes para agora, quando tudo está colocado à mesa, ao mesmo tempo que não há nada na mesa, pois desmontar as expectativas e perspectivas cristalizadas de ser e estar no mundo é como movimentar corpos em práticas de ação contínuas. Vemos também nesse conjunto o que podem ser considerados fluxos, que, quando apresentados, carregam fazeres múltiplos, cosmologias distintas, encontros e desencontros, experiências de vida, idades e genealogias diferentes, que estabelecem um trânsito de muitos “agoras”, em que o agora pode logo tornar-se o antes, mas também elaborar perspectivas para o que vem depois. Alguns trabalhos potencializam o trânsito de tempos, seja o de um agora que foi passado, mas se perpetuou em forma de resistência, seja o de um agora que comunga com elementos naturais em processos de transformação ou o de um agora redesenhado com as cores das paletas de outras histórias. Júlia Rebouças, Luciara Ribeiro e Naine Terena de Jesus

1º SUBSOLO

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AD 7 - Mapa tátil e descrição do 1S

Materialidades, linguagens e técnicas

Aislan Pankararu série Rastros, 2021 Marcador permanente sobre papel craft Coleção do artista Foto: Renato Parada/ Itaú Cultural Aislan Pankararu série Rastros, 2021 Marcador permanente sobre papel craft Coleção do artista Foto: Acervo do artista/ Divulgação José Bezerra Mal-assombrado, 2014 escultura em madeira Coleção Casa de Jr. Arte Popular Foto: Guilherme Nanes/ Divulgação

Aislan Pankararu, José Bezerra

Materialidades, linguagens e técnicas
Materialidades, linguagens e técnicas
Materialidades, linguagens e técnicas

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Memória, história e as relações entre presente, passado de futuro

Gustavo Caboco encontros di-fusos, 2022 instalação vídeo performance, desenhos, fios de algodão Wapichana, bordados, fotografias, marcador sobre algodão cru, fio de algodão bordado sobre brim, tinta acrílica sobre algodão, máquina de costura, caroço de tucumã Coleção do artista Foto: Acervo do artista/ Divulgação

Gustavo Caboco

Memória, história e as relações entre presente, passado de futuro
Memória, história e as relações entre presente, passado de futuro
Memória, história e as relações entre presente, passado de futuro

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AD 10 - Gustavo Caboco

2º SUBSOLO

Os últimos cem anos certamente constituem um dos períodos de maior densidade de transformações humanas e não humanas. É um século de surpresas e assombramentos sobre nossa capacidade de concentrar poder e espalhar desigualdade. As mãos civilizatórias modificaram a Terra, interferiram no curso da vida, alteraram o clima, aceleraram a noção de tempo, mudaram nosso sentido de existir. Nesse período, o suposto progresso jogou para as margens o que se considerava impróprio, poluído, aquilo que merecia padecer, o que iria morrer. Matamos. Extinção de espécies; alagamentos; ventanias e deslocamentos inesperados de solo; adoecimento da terra, por improdutividade (ou superprodutividade?). Matamos. Ignoramos os efeitos e as reações num século em que o planeta adoeceu física e simbolicamente, e nós, como sociedade, também. Algumas coisas se mantêm, no entanto, por serem as sequelas e a própria doença: o capitalismo, a colonialidade, o racismo, os preconceitos, as desigualdades e seus “podres poderes”. Após esses apocalipses, como construiremos novos “agoras”? Como inventaremos novas formas de viver e pensar a vida? Como contaremos sobre o passado? Ou qual passado escolheremos? Quais matérias de vida nos interessam para o porvir? Nesse caminho de especulações, apresentamos aqui um conjunto de obras que, para as febres física e espiritual, evocam curas. Júlia Rebouças, Luciara Ribeiro e Naine Terena de Jesus

2º SUBSOLO

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Sociedade, tecnologia e comunicações

Sara Lana Orelhinhas, 2022 Instalação Sonora | 5 canais | 13min Coleção da artista Foto: Renato Parada/ Itaú Cultural

Sara Lana

Sociedade, tecnologia e comunicações

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Cura, corpo e lugar

Lídia Lisboa Úteros, 2022 Instalação Dimensões Variáveis Foto: Renato Parada/ Itaú Cultural Linga Acácio À beira do inferno, 2022 Videoinstalação 15 min Coleção da artista Foto: Frame/ Divulgação

Linga Acácio, Lídia Lisboa

Cura, corpo e lugar
Cura, corpo e lugar

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AD 13 - Lídia Lisboa

Coletividade

Coletivo Mato Grosso - Ruth Albernaz, Téo de Miranda e Paty Wolff Agora Quando!?, 2022 Dimensões variáveis Instalação Coleção do artista Foto: Acervo do coletivo/ Divulgação Grupo Ururay Envolvimento, 2022 instalação Foto: Renato Parada/ Itaú Cultural

Coletivo Mato Grosso - Ruth Albernaz, Téo de Miranda e Paty Wolff, Grupo Ururay

Coletividade
Coletividade

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