
Entreato
São Paulo
Casa MD
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O Banho
Escultura em alumínio 40x40x34 cm
Paulo Bordhin

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Duas esculturas formadas por emaranhados de alumínio de cor grafite representam duas mulheres em ritual de banho. A mulher da esquerda está em pé, com os braços erguidos na altura de seus ombros, segurando uma espécie de jarro. Do jarro, direcionados para baixo, alguns fios de alumínio fazem a menção de cair, o que acaba por representar a água saindo do jarro. Essa mulher veste um turbante e um vestido longo e largo. A segunda mulher, à direita e voltada de frente para a primeira, usa um vestido parecido ao daquela que a banha, porém num formato que acompanha sua posição, agachada encurvando-se para frente. Em função desse movimento, seus cabelos, que estão soltos, se atiram para frente, em direção à água que cai do jarro. Comentário do artista O Banho, na verdade, é uma cena teatral. São duas mulheres, uma tendo o cabelo lavado pela outra, com um jarro despejando água. Foi imaginado inspirado em uma cena imaginária, teatral mesmo.
Átomo
Escultura em alumínio 24x24x24 cm
Paulo Bordhin

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Escultura de fios de alumínio modelados em tons de dourado, tendo aproximadamente 1 metro e meio e três esferas, uma dentro da outra. A parte externa da escultura consiste de uma esfera feita com fio de alumínio espesso e com espaços largos entre os fios entrelaçados. Dentro dessa esfera há outra semelhante, porém um pouco menor, feita com fio mais fino e espaços menores entre os fios. Seguindo a mesma lógica, dentro da segunda esfera há uma terceira, um pouco menor e com fio mais fino. Para o observador, os fios de todas as esferas se mesclam, sendo difícil distingui-las umas das outras. Comentário do artista Desde a infância eu trago na memória essa curiosidade de saber até onde vai o infinito, que todos nós temos, não é? Então eu criei essa obra instigado nisso, nessa possibilidade que a molécula tem de se quebrar infinitamente. Enquanto eu fazia a peça, eu ia me perguntando qual que é o limite desse infinito. Esse paradoxo de não ter um fim. E até onde chega a molécula. Até onde chegamos nós. E os nós que brotam das nossas mentes quando a gente tenta imaginar o fim do infinito.
Violinista
Escultura em alumínio 40x16x10 cm
Paulo Bordhin

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A escultura, com aproximadamente 40 centímetros, sobre base de granito preto, feita com fios de alumínio em diferentes tons de prateado e retorcidos, representa um homem tocando violino. Sua cabeça, sem detalhes na face, está ligeiramente inclinada para a direita. Seus braços e o violino são feitos de um fio claro e fino e o cabelo com um fio mais espesso que dá algumas voltas em torno da cabeça. No tronco do homem, os fios todos na vertical formam uma camisa, de tom um pouco mais escuro. Na mão direita, ele segura o arco do violino, apoiado no dedão e no indicador. Na mão esquerda, segura o braço do instrumento, que está apoiado também no seu ombro esquerdo. As coxas do homem são formadas por fio de alumínio bem fino, que se enrola até chegar aos joelhos, onde os fios ficam mais espessos e se enrolam chegando aos pés. O personagem está com os joelhos flexionados e o pé direito inteiro no chão. Do pé esquerdo somente a ponta toca a base. Comentário do artista Essa escultura é inspirada em personagens da música e do teatro e influenciada pelos musicais que eu já fiz, especialmente pela figura do Violinista no Telhado. É uma das esculturas que redescobri o uso do material, quando eu transformei o arame em uma massa para modelar. A obra é uma homenagem à música que me acompanha em cena e na vida, e faz parte das tramas do universo teatral pelo qual eu transito até hoje.
Árvore
Escultura em alumínio 46x30x32 cm
Paulo Bordhin

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Escultura de uma árvore, de aproximadamente 50 centímetros, sobre base de granito preto. A obra foi feita com fios de alumínio de diferentes espessuras em tons de dourado, cobre e bronze. Em um fio bem espesso cor de bronze, as raízes da árvore se unem e formam o tronco com movimentos circulares. Da parte inferior da copa da árvore nascem vários galhos, formados por fios de cor cobre e voltados para cima. Há também, em cada galho, pequenas esferas de fio acobreado. Mais acima, a ponta dos galhos é dourada, feita com fios mais finos entrelaçados. Comentário do artista Árvore para mim é símbolo de vida e de sobrevida. É uma resistência ao tempo, um renascimento.
Galináceos
Escultura em alumínio 32x16x32 cm
Paulo Bordhin

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Um único fio de arame bem espesso e manipulado em diferentes direções forma, com traços bem simples, a imagem de uma ave do tipo galináceo. A escultura tem aproximadamente 35 centímetros de altura e está sobre uma base de granito preto. Uma das extremidades do fio faz o desenho da cauda do animal, ligando-se diretamente ao corpo, formado por uma espiral horizontal. Da espiral, saem os dois pés, que tocam o chão. Do outro lado da espiral sai o pescoço alongado e fino, na direção vertical. A cabeça ligada ao pescoço tem um bico, os olhos e, por fim, uma crista. Ao lado há outra escultura semelhante, posicionada de forma diferente. Comentário do artista Uma figura muito importante. O galináceo foi criado por mim como símbolo da OSCIP Mais Diferenças. Apesar de eu ter feito mais de cem peças, os galináceos são todos diferentes entre si, mesmo sendo muito parecidos. O universal e o singular. Um desenho tridimensional com um só fio de arame representa a síntese que cheguei após um longo tempo de trabalho com arame. Manipulando o mesmo material sempre surgirão inúmeras possibilidades de uso e de criação. Eu sinto que muita coisa ainda está por vir.
Sanfoneiro
Escultura em alumínio 50x30x22 cm
Paulo Bordhin

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Escultura de 50 centímetros feita de arame, em tons de bronze, prateado e dourado. Sobre uma base quadrada e preta, um homem sentado diagonalmente em um cubo, olha para a sanfona que ele está tocando. As pernas são feitas em arame dourado de espessura média e tramado de forma circular. Estão dobradas e abertas, com o pé esquerdo encostando a ponta no chão e o direito no ar. O tronco é esguio, tramado em arame também dourado e de espessura menor. O pescoço tem forma circular em tom de bronze, de onde se vê o perfil do rosto do sanfoneiro, voltado para o lado direito. O nariz é alongado e fino e tem um cavanhaque. Usa um chapéu de aba, com a parte superior bem pontuda e curva para trás. Os braços seguram a sanfona, em arame prateado. As pontas do instrumento tem a trama fechada e no centro ela é aberta, sugerindo o movimento do fole. Comentário do artista O acordeon foi o primeiro instrumento que tive contato, quando criança. Ele faz parte da minha história pessoal e da minha vida artística. Eu aprendi a tocar intuitivamente enquanto eu ouvia os meus irmãos tocarem e, depois de muitos anos, esse mesmo acordeon entrou em cena comigo, no meu primeiro espetáculo. E depois em vários outros espetáculos que fiz. Então essa obra é uma justa homenagem que presto ao gaiteiro, como se diz lá no sul, de onde eu vim.
Cabeça Vedete
Escultura em alumínio e pedras brasileiras 66x38x35 cm
Paulo Bordhin

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Uma cabeça de manequim veste duas joias. A primeira é na cabeça, como se fosse uma espécie de coroa. Ela é de fio de alumínio prateado e veste a cabeça do manequim de maneira arredondada, circulando a cabeça. Na testa há um nó do emaranhado de fios que, no centro, possui uma pedra azul turquesa. Do lado esquerdo da pedra, diversos arames fazendo curvas se entrelaçam apontando para cima. Na parte de trás da coroa outros fios apontam para cima. Na orelha direita o manequim possui um grande brinco pendurado. Esse brinco percorre toda a extensão do pescoço. No centro, uma grande pedra azul turquesa em formato ovalado é cercada por formas arredondadas de um fio de alumínio prateado espesso. Comentário do artista Eu fiz muitas dessas peças, dessa exposição, dentro de camarim de teatro e também inspirado por isso. Então ela tem essa coisa vistosa, grandiosa, do adereço teatral. Essa é uma cabeça com um brinco que poderia muito bem estar no palco.
Palhaço Shakespearito
Escultura em alumínio 30x13x12 cm
Paulo Bordhin

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Escultura de 30 centímetros em fios de alumínio, de nome Shakespearito, tramada em tons de prata, ouro e bronze, que se mesclam em toda a obra. Sobre uma base preta e quadrada está uma figura apoiada nas pontas dos pés, que foram tramados em fios de espessura média. O personagem tem o corpo todo entrelaçado por fios de alumínio muito finos, que, em suas inúmeras voltas, dá forma à roupa. A calça é bufante, tem volume na altura das coxas e vai se fechando nas canelas. Na parte da frente, logo abaixo da cintura, uma trama maior que forma um círculo no centro e desce em um quase zigue-zague até os joelhos. A parte superior do tronco revela uma blusa com mangas que se alargam, formando um babado fluido nos punhos. O rosto de Shakespearito é tramado em fio de espessura média que vai descendo circularmente até a altura do pescoço, terminando em um babado, semelhante à gola de um palhaço. No nariz, há um círculo em trama fechada, de fio fino e em tom de dourado. Sobre a cabeça há um chapéu coco com uma flor espetada para cima. O braço direito do personagem está aberto e tem a mão espalmada para frente e para cima. O braço esquerdo está voltado para frente e da mão pende uma lanterna que tem no centro uma pedra vermelha. Comentário do artista Esse foi um prêmio. Um personagem que eu ganhei para fazer o espetáculo “Acordes Celestinos”. O Shakespearito é um palhaço de circo mambembe, um palhaço que escreve a própria história narrada no espetáculo e que tem a oportunidade única de reencarnar como um cantor de tango nesse espetáculo. Para mim ele representa a oportunidade de rever o momento vivido, reinventando a própria história.
Mandrágoras
Esculturas em alumínio 70x80 cm
Paulo Bordhin

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Obra composta por duas esculturas de fios de alumínio em tons de grafite e prateado, posicionadas no chão. Seres com um aspecto humano e longilíneo, as esculturas parecem lançar seus tentáculos em várias direções. A primeira delas tem, onde seria o pé esquerdo, três fios espessos, criando uma forma semelhante a uma raiz, e onde seria o pé direito, dois fios também espessos, quase como se fossem galhos. As pernas são longas e esguias, tramadas em arame muito fino, de maneira a não serem ultrapassadas pela luz. O corpo também é esbelto, de onde sai um tentáculo na parte de trás do quadril, dois na altura dos braços, formando esses membros, e mais dois na altura dos ombros, como se esse ser estivesse criando asas. Acima dos ombros, a cabeça, que do topo vai se alongando e afinando até terminar em várias antenas para cima. Em toda a escultura há fios mais espessos sobrepostos aos fios finos. Todo este primeiro ser está inclinado para a esquerda. A segunda Mandrágora se apoia em longos e espessos fios no lugar de pés e suas pernas são finas e longilíneas. Seu tronco inclina-se ligeiramente para frente e suporta vários tentáculos: um atrás, no quadril, que chega a tocar no chão; dois na altura dos braços e que se erguem para o alto e um no centro, na altura do coração, saindo para frente e subindo. A cabeça carrega no topo um conjunto de hastes, como antenas que buscam o alto em várias direções. Comentário do artista Mandrágora já soa muito bem, não é? E a imagem da mandrágora também é muito bonita. Mandrágora é uma planta cuja raiz lembra uma forma humana e já tem um texto de teatro que chama Mandrágora, do Maquiavel, e Shakespeare a cita como uma substância que a Julieta teria usado naquela poção mágica que a levou a aquele sono profundo. Ela também foi utilizada na idade média em rituais de magia negra. Tem uma história bem esquisita, também, que a semente da mandrágora teria sido o sêmen de um cara que morreu enforcado. Enfim, tem muitas lendas em cima da mandrágora. Mas a imagem dela é a mais bacana mesmo.
Cabeça Revoada
Escultura em alumínio 40x40x45 cm
Paulo Bordhin

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Uma cabeça de manequim veste um acessório tramado em fios de alumínio nas cores preto, verde e bronze. Como uma faixa, a trama envolve a cabeça na altura da testa, chegando às sobrancelhas e formando pequenas pontas arredondadas, como gotas, na parte inferior. Na lateral direita, essa faixa se torna maior e se direciona para o alto, de onde saem saem sete hastes de alumínio cuidadosamente entrelaçadas, que vão afinando nas pontas. Em cada uma das pontas, há uma ave, sendo que três delas, que saem de hastes mais curtas e ficam na parte de trás da cabeça, tem tons de vermelho e dourado. A quarta ave está apoiada na ponta de uma haste mais alta e fina, que também sai da parte de trás da cabeça, e tem tons de vermelho, amarelo, azul e cobre. Nas outras três hastes que partem da lateral direita e são mais altas, uma ave é moldada em fios azuis, verdes e vermelhos e as outras duas em fios verdes, azuis, amarelos e cobres. As sete aves estão de asas abertas e têm caudas alongadas e, por serem esculpidas com muitos fios finos, trazem um aspecto de leveza e movimento. Comentário do artista Revoada surgiu dos pássaros mesmo. Eu criei um pássaro, depois outro pássaro, e quis colocá-los voando. Eles me trazem a ideia de abstração, contemplação e, consequentemente, inspiração para criar alguma coisa. De repente surgiu a ideia de colocá-los todos juntos e em uma cabeça, o que é significativo porque pássaros sobre a cabeça trazem novas ideias.
Máscara
Escultura em alumínio 30x30x20 cm
Paulo Bordhin

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Uma escultura de fios de alumínio entrelaçados, em tom prata e com diferentes espessuras, representa uma máscara. Ao longo de sua forma, diferentes círculos e tramas arredondadas se intercalam. Essa máscara é pontiaguda na extensão de onde estaria o nariz e tem grandes aberturas para os olhos. No centro, entre os olhos, ela se divide em duas partes que apontam para o topo da cabeça no formato de um terço de lua e nas pontas há apenas um fio que se direciona para cima, provavelmente extrapolando a extensão da cabeça. Comentário do artista A máscara é inspirada em Veneza, inspirada também nas máscaras do teatro. Eu acabei fazendo várias máscaras e coloquei essa nessa mostra para representar essa fase.
Colar Triskleniano
Escultura em alumínio 10x14x12 cm
Paulo Bordhin

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Um colar prateado, apoiado em um dorso preto de manequim, possui uma forma arredondada. Tramado em fio espesso, o colar percorre o pescoço do manequim até a nuca, sendo constituído por cerca 20 círculos em forma de caracóis que, à medida que se acercam da nuca, vão diminuindo em tamanho. Na parte da frente, no centro do colar, pendurado como se fosse um pingente, oito círculos também encaracolados constituem uma forma que se parece a uma pera. Comentário do artista O Colar Triskleniano é inspirado em símbolos celtas. São várias espirais que vão se repetindo e são eternos ciclos que se repetem e eu tentei colocar em uma peça de uso cotidiano.
Colar Ninfa
Escultura em alumínio 30x25 cm
Paulo Bordhin

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Tramado em fios de alumínio, o colar envolve um dorso feminino de manequim. O fio, que dá base e forma ao colar, tem espessura média e tom acinzentado. Com inúmeras curvas, o fio vai produzindo formas sinuosas, menores atrás e maiores na frente. As curvas se avolumam e preenchem o colo, terminando em pontas, também crescentes de trás para frente. Entremeados aos fios de tom cinza, outros fios retorcidos, formam alegres pontos de cor prata, azul, amarelo, vermelho, verde e roxo. Comentário do artista Esse Colar Ninfa é muito teatral e, na verdade, a característica dele é que é versátil. Ele tanto pode vir ao pescoço e, se você invertê-lo você coloca na cabeça, e ele pode te levar a alguma coisa de fadas, que o que dá nome a ele. Eu me inspirei um pouco em “Sonhos de uma noite de verão”, nas próprias ninfas. Ele pode funcionar como máscara se você colocá-lo em frente aos olhos, já experimentei também e funciona assim.
Carmen
Escultura em alumínio 66x38x35 cm
Paulo Bordhin

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Escultura da figura de uma mulher, criada com fio de arame prateado, fino e retorcido, tendo aproximadamente 60 centímetros, sobre base de granito preto. A mulher usa um vestido longo, de saia comprida e estruturada. O corpo é longilíneo, sendo a cintura e o pescoço finos, sem detalhes da face. A mulher está com os braços para cima e o tronco um pouco torcido para a direita e voltado para trás, em uma posição imponente. O braço direito e a mão são formados por fios entrelaçados que vão afinando até as extremidades. O braço esquerdo está apontado para cima e a extremidade tem formato de leque. Comentário do artista Carmen é inspirada na ópera de Bizet. Quando eu percebi, havia em minhas mãos uma figura forte, feminina. Eu fui modelando em função do vigor de sua forma e ela me remeteu à Carmen. A escultura foi produzida com a fluidez e com o prazer que eu gosto de trabalhar. Veio sem que houvesse planejamento, sem censura, trazendo consigo o conceito de que tudo é possível na arte.
Morgana
Escultura em alumínio 46x30x30 cm
Paulo Bordhin

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Escultura da figura de uma mulher, criada com fios de alumínio prateado, fino e retorcido, com aproximadamente 40 centímetros, sobre base de granito preto. A mulher usa um vestido longo, de saia comprida e esvoaçante. Na cintura, o fio de alumínio enrolado no sentido horizontal dá a ideia de uma faixa, que marca a forma do corpo. Mais acima, estruturas finas e tortuosas saem do tronco da mulher, algumas no sentido vertical, outras horizontalmente. Sobre a cabeça da mulher, o fio toma um formato cilíndrico que fica mais espesso e depois mais fino, com uma pequena espiral na ponta. Comentário do artista Morgana é uma obra que representa muitas figuras femininas que eu já fiz. Entre todas elas, essa foi a que se sobressaiu, saltou frente aos meus olhos, trazendo a força feminina arquetípica, guerreira e poderosa. Ao mesmo tempo, ela é fada, ela é bruxa. A escultura foi batizada de Morgana após ter se apresentado para mim através de um processo intuitivo, surgido das tramas e modelagens do material que trabalho, o arame.
D. Quixote
Escultura em alumínio 50x19x10 cm
Paulo Bordhin

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Escultura modelada em fios de alumínio prateado, de aproximadamente 40 cm de altura, que está presa a uma base quadrada preta de mármore. A obra representa um homem alto e magro que usa uma espécie de chapéu e roupa antiga, semelhante a um saiote. Sua indumentária é construída através de um fio mais espesso do que seu corpo. Na mão esquerda o homem segura uma lança que está apoiada no chão e que ultrapassa a altura de sua cabeça. Sua mão direita segura um escudo, também feito de um fio de alumínio mais espesso, que possui um formato arredondado e dez pontas não uniformes. Comentário do artista D. Quixote é um personagem que eu fiz no cinema e então eu resolvi tentar fazê-lo como escultura. Acabei que fiz esse e depois fiz mais outros, em outras escalas. É um personagem que eu gosto muito, de Miguel de Cervantes, e que eu tive a felicidade de interpretá-lo a minha maneira no cinema.
Camarim
Instalação 160x60 cm
Paulo Bordhin

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Instalação composta por um case de escultura retangular disposto horizontalmente que, como uma penteadeira, apoia objetos, acessórios e joias produzidas pelo artista para serem usadas em espetáculos e no cotidiano. Sobre a penteadeira, um espelho retangular horizontal com luzes em sua borda remete ao ambiente dos camarins. Ao lado, outro suporte expõe mais joias e acessórios, que estão disponíveis para serem adquiridos. As peças do camarim são cabeças, colares, brincos, pulseiras e anéis, e podem ser tocadas e experimentadas pelo visitante. Divirta-se tirando fotos e, ao publicar, use a #acessibilidade cultural. Comentário do artista Camarim é um lugar mágico pro artista. É o lugar onde o artista se sente acolhido. Quando você está num camarim, você está feliz. Por que você está em processo de criação, você está trabalhando, e nem sempre isso é uma constante na vida do ator. Então o camarim é lugar onde você se reúne com a família, que é o elenco. É onde você está em ebulição no processo de criação. E foi nessa onda da “vibe” da criação do personagem que eu introduzi a escultura, essa coisa com a mão, de fazer acessórios, enfim. É um lugar onde quando eu não estava maquiando ou estudando, eu ficava desenhando. Quando eu passei a usar essa material no camarim, as coisas começaram a tomar uma forma tridimensional. Mas é isso. O camarim antes de tudo é um lugar lúdico, onde você vive outros personagens, outra pessoa. Você é completamente livre para brincar. Então é um lugar muito lúdico. E aí eu achei bem plausível colocar também na exposição que chama Entreato, colocar esse camarim para que as pessoas também possam experienciar alguma coisa, essas peças, essas cabeças, que é tudo pra usar mesmo. Divirtam-se!