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Imagem de capa da exposição

Aurora Imprevisível

Itu

FAMA Museu

29/04/2022 - 02/10/2022

Idioma do conteúdo

Dawning

Vídeo em alta definição, 6'48" Os movimentos da performer Karol Schittini desenham as imagens em um fluxo contínuo. Cada gesto atua como uma pincelada em uma pintura a óleo, imprimindo novas camadas nas áreas que percorrem e interferindo na camada anterior de forma cumulativa, por vezes como massa, por vezes como aguadas. O que se vê é o corpo na forma como é armazenado e transmitido nos meios digitais, sem as capas que criam a ilusão de outro objeto. A obra é uma videoinstalação que utiliza o dispositivo do próprio visitante (smartphone ou tablet) como suporte. O vídeo pode ser visto tanto na vertical como na horizontal e o visitante é encorajado a brincar com a orientação durante a visualização manipulando a posição do aparelho. Dawning é parte do projeto em andamento Cup O’ Salt Tears, uma investigação sobre corporeidade e carnalidade nas interações humanas desincorporadas mediadas por câmeras e telas. Este trabalho foi desenvolvido na NET//WORK Residency 2, uma parceria do British Council, Digital Arts Studio (Belfast), Wising Arts Centre (Cambridge) e Golden Thread Gallery (Belfast).

André Schütz

Dawning
Dawning
Dawning
Dawning
Dawning

Nyctinasty

Vídeo em alta definição, 5'56" Nictinastia é uma modalidade de movimento nástico, como o abrir e o fechar de algumas flores, provocado por estímulos externos, como mudanças de temperatura ou intensidade de luz. No vídeo, os movimentos da performer Elisa Telles desenham as imagens em um fluxo contínuo. Cada gesto atua como uma pincelada em uma pintura a óleo, imprimindo novas camadas nas áreas que percorrem e interferindo na camada anterior de forma cumulativa, por vezes como massa, por vezes como aguadas. O que se vê é o corpo na forma como é armazenado e transmitido nos meios digitais, sem as capas que criam a ilusão de outro objeto. A obra é uma videoinstalação que utiliza o dispositivo do próprio visitante (smartphone ou tablet) como suporte. O vídeo pode ser visto tanto na vertical como na horizontal e o visitante é encorajado a brincar com a orientação durante a visualização manipulando a posição do aparelho. Nyctinasty é parte do projeto em andamento Cup O’ Salt Tears, uma investigação sobre corporeidade e carnalidade nas interações humanas desincorporadas mediadas por câmeras e telas. Este trabalho foi desenvolvido na NET//WORK Residency 2, uma parceria do British Council, Digital Arts Studio (Belfast), Wising Arts Centre (Cambridge) e Golden Thread Gallery (Belfast).

André Schütz

Nyctinasty
Nyctinasty
Nyctinasty
Nyctinasty

aquaRio

Tubo de raios catódicos, componentes eletrônicos e vídeo digital em resolução STD (loop de 8') 188 x 36 x 40cm aprox. Em aquaRio o tubo de raios catódicos assume o papel de uma ânfora, como aquelas do Museu Paulista, que contém amostras das águas dos rios que cruzam o território brasileiro. Porém aqui, o conteúdo não é um exemplar estático, mas sim um fluxo constante de elétrons que desenham a superfície do vidro guiados por um campo eletromagnético. Os gestos do performar Harun Aziz e o vôo de um helicóptero sobre o Rio de Janeiro atuam como pinceladas em uma pintura a óleo, imprimindo novas camadas nas áreas que percorrem e interferindo na camada anterior de forma cumulativa, por vezes como massa, por vezes como aguadas. O que se vê é o corpo e a paisagem se transformando e se misturando no fluxo do movimento. As imagens aéreas, originalmente registradas pelo biólogo e ativista Mário Moscatelli, mostram o ocupação desordenada da cidade do Rio de Janeiro e a degradação por ela causada no meio ambiente, particularmente o impacto em suas águas (complexo lagunar de Jacarepaguá, Baía de Guanabara, entre outros). aquaRio é parte do projeto em andamento Cup O’ Salt Tears, uma investigação sobre corporeidade e carnalidade nas interações humanas desincorporadas mediadas por câmeras e telas. Este trabalho foi desenvolvido na NET//WORK Residency 2, uma parceria do British Council, Digital Arts Studio (Belfast), Wising Arts Centre (Cambridge) e Golden Thread Gallery (Belfast).

André Schütz

INTERNAL SILENCE

Escultura Sonora em Acrílico e dispositivos Eletrônicos 180cm x 43cm x 30cm A escultura sonora “INTERNAL SILENCE” propõe uma investigação sonora como representação da não possibilidade do silenciamento de nossas mentes, atualmente aprisionadas em espaços, onde os sons por vezes são somente o do nosso próprio pensamento. Um espaço de não silêncio interno como reflexo de um mundo exterior. A obra realizada em acrílico preto tenta trazer ilusoriamente o espaço externo que nos rodeia, como parte do espaço interno do corpo e da mente. Reflexões e pensamentos enclausurados na mente da artista, em uma experiência sensorial de expansão do som para além da fisicalidade da obra. Apoio: EXATRON indústria eletrônica

Beta Garcia

S1NAPS0S

Arte Digital em metacrilato 15cm x 20cm x 2cm A arte digital “S1NAPS0S” propõe uma representação imagética orgânico neural interconectado a uma rede digital, onde não se consegue definir quem está no controle, se a rede mundial de computadores, ou as redes neurais que constituem a mente de cada indivíduo. A obra realizada em metacrilato possui uma tridimensionalidade que tenta fugir das atuais e excessivas mediações por tela. Uma fisicalidade real que confronta o virtual, buscando o olhar do espectador ao digital que nos imergem, representados em bits 0 e 1.

Beta Garcia

Sem título

Acrílica e vinil sobre moldura de madeira e compensado. 18,3cm x 14,2cm x 3,0 cm O trabalho explora a relação íntima entre pintura e relevo na história da arte. Moldura e espaço da pintura se interpenetram, relacionando formas virtuais e volumes tridimensionais. Elementos pintados também são relevos, enquanto as sombras se encontram com a natureza pictórica através da sua planura. Os cantos da moldura pintados de branco tanto parecem marcar o limite da peça, quanto destacar a sua relação de expansão junto à parede branca. Além disso, a travessa horizontal pintada no fundo da peça, do centro até lateral esquerda, segue a espessura da moldura, isso garante a reunião, mesmo que fragmentária, entre plano frontal e moldura. Essa espécie de trampolim horizontal encontra no centro do trabalho um quadrado de tinta em suave relevo, perfazendo um terceiro nível, entre a altura da moldura e o plano preto e profundo. Portanto, o trabalho acontece em camadas percebidas como materiais e camadas percebidas como virtuais. A contagem destas camadas se inicia em absoluto com a própria parede branca do espaço, passando para a sombra que nela o trabalho projeta, e então para o volumetria da peça e da própria tinta. Para que estas sutilezas se apresentem, a peça pede apenas pelo olhar atento no público.

Bruno Marcelino

Sem título
Sem título

Somos Um

Aço galvanizado e pintura eletrostática. 120cm x 115cm x 50cm O trabalho Somos um foi construído a partir da trama de tiras de metal galvanizado. Depois de tramadas as tiras foram pintadas de preto brilhante através de um processo no qual a peça é coberta por uma tinta em pó que adere a sua superfície através da eletricidade estática. Para fixação definitiva da tinta, a peça é aquecida em uma estufa e depois aguarda a cura e resfriamento. Mediante esses dois processos divergentes, Bruno Marcelino realiza uma peça tridimensional que reverbera a variação e a virtualidade de um plano pictórico. O ressoar da pintura pode ser sentido na alteração da localização das sombras e reflexos na superfície da peça. Tais mudanças na aparência do acabamento da peça são provocadas pela interação entre os relevos da trama, a pintura preta reflexiva e a luz do ambiente. Assistente: Rafaella Pacheco; Pintura: Sulpox - pintura elétrostática

Bruno Marcelino

Série Espelhos

Cal sobre cerâmica. Processo cerâmico, fundição em barbotina. Na cerâmica existem processos específicos para pintura, a cor pode ser fixada a frio ou pela queima no forno. Nesse trabalho, a pintura foi realizada utilizando-se cal e pigmentos. A estrutura tridimensional assume um caráter ativo, junto a elaboração final das matérias. Se a tela por princípio tende à neutralidade, a cerâmica associada à cor ajuda a destacar as qualidades da superfície. Em muitos trabalhos, o volume final da peça é explorado como suporte. Como se a passividade da superfície não fosse suficiente para produzir a matéria desejada.

José Spaniol

Piletas

Vídeo. 03:37min. Intervenção sonora em piscinas abandonadas de Epecuén, na Argentina. Trabalho realizado durante minha participação no programa Residencia Epecuén (V Edición), promovido pela galeria Ambos Mundos.

Lucas Gervilla

Piletas
Piletas

Ferro, Lama e Cobre

Técnicas variadas. "Ferro, Lama e Cobre” é uma instalação que apresenta uma fotografia e um vídeo feitos nas regiões de Brumadinho e Bento Rodrigues-MG, regiões que foram vítimas dos dois maiores crimes ambientais da história do Brasil. As imagens mostram as ruínas de lugares que um dia foram lares e hoje encontram-se abandonados. O trabalho propõe uma suspensão temporal de lugares que existem apenas nas memórias das pessoas que ali viveram. No espaço expositivo também é possível escutar sons ambientes captados em ambos os cenários.

Lucas Gervilla

Ferro, Lama e Cobre
Ferro, Lama e Cobre

Colagem vermelha

Série A escafandrista Tinta de serigrafia, lixa e papel 30,0 x 20,0 x 2,5 cm. A série A escafandrista abrange obras produzidas a partir de 2020. Durante meses, a artista depositou camadas de tinta vermelha sobre objetos em desuso ou abandonados, criando espessura com a passagem do tempo, ocupando o espaço com cor. Durante a investigação dessas camadas de tempos, surgiu o desejo por reproduzir esses mesmos objetos em tinta vermelha, levando ao uso de moldes de gesso que trouxeram à vista um caráter arqueológico do processo criativo. Perseguir este desejo por escavar, levou novamente à imagem do solo, desta vez o oceânico, que abriga e enterra toda sorte de objetos, como aparece de uma maneira tão poética quanto dolorosa no documentário de Patricio Guzmán, Nostalgia da Luz. O título da série faz referência à profissão de mergulhadores que utilizavam de uma armadura hermética de metal e borracha, neste processo de mergulhar para trazer à superfície a memória soterrada. Em Colagem vermelha, foi moldado um retângulo de tinta a partir de um chassi abandonado e, com uso da tinta como cola, adicionado outros elementos da mesma cor, como uma lixa e um pequeno tsuru.

Lu Martins

Colagem vermelha
Colagem vermelha
Colagem vermelha

Sem título

Série A escafandrista Tinta de serigrafia 35,5 x 26,0 x 3,5 cm. Sem título é a maior e mais pesada das obras da série A escafandrista. Com o uso de um chassi de tela para delimitar o espaço para a tinta, fragmentos de um prato quebrado e uma rosa foram alocados e tinta de um vermelho vivo foi depositada sobre eles. Quando decidido que havia matéria suficiente, foi o chassi retirado e a grande massa de tinta que havia criado liberada, com a rosa tendo sido abraçada pelo vermelho, ficando apenas na superfície a mancha escura de sua substância decomposta. Os fragmentos de louça foram retirados cuidadosamente da tinta , deixando no lugar apenas o vazio do espaço que antes ocupava, restando corpo de ausência, sua forma marcada como uma cicatriz, um rastro de memória que fica visível sobre a pele, embora o que a abriu não esteja mais ali. Sente-se o corte, nota-se a quebra. Uma vez que a obra que não se mantém em pé por conta do peso, uma base a sustenta, mantendo uma estrutura que permita ser retirada para apreciação e que, enquanto imóvel, continua a sofrer a ação da gravidade e do tempo em seu corpo flexível sem ossos.

Lu Martins

Ruínas Circulares

Instalação com tinta serigráfica, anzol, metal e folha de ouro. Ruínas circulares faz referência a um dos contos de Jorge Luis Borges, em que o propósito do personagem era, por meio de sonhos, trazer à vida um homem inteiro em um antigo templo ao Fogo. Esta instalação apresenta, por sua vez, o sonhar uma mulher, mas não inteira. A matéria do sonho se apresenta em tinta vermelha que, a partir do molde do corpo que ainda pulsa, converte-se em matéria inerte e dissolvida na nova mulher apresentada tanto pelas partes presentes, quanto pelas faltantes. O corpo torna-se então a própria ruína em que não há mais templos ou deuses, apenas carne em tinta e ouro em exposição. “Quase imediatamente, sonhou com um coração que palpitava. Sonhou-o ativo, quente, secreto, do tamanho de um punho fechado, de cor grená na penumbra de um corpo humano ainda sem rosto nem sexo; sonhou-o com minucioso amor, durante catorze lúcidas noites” BORGES, Jorge Luis. As Ruínas Circulares. In: Ficções. São Paulo: Companhia das Letras, 2007, pág. 49.

Lu Martins

Deslocamentos #9

Livro de artista (gravuras em metal, xilogravura, serigrafia, pinturas, e colagem sobre papel) // 30,0 x 23,0 x 0,5 cm ( livro fechado); 30,0 x 46,0 cm (livro aberto); 34 páginas Caderno. Livro. Diário. Memória que edita constantemente as informações/lembranças. Desenhar para criar e contar histórias através de cores e formas. Representar o mundo que habito. Adicionar e/ou retirar detalhes é uma forma de propor desvios de percurso como pretexto para descobrir novas possibilidades para organizar a narrativa. As alterações nas paisagens, sejam através dos campos de cor, da adição e supressão de elementos, são recursos para propor um olhar atento e investigativo sobre a transitoriedade e desdobramentos do tempo que age sobre os ambientes, objetos e paisagem. As imagens podem ser apresentadas e recombinadas de maneiras infinitas: como as sete notas musicais e/ou letras do alfabeto. É como em um jogo combinatório. A cada rodada é possível mudar tudo e ir adiante.

Vinícius Almeida

Deslocamentos #9
Deslocamentos #9
Deslocamentos #9

Deslocamentos: passagens, mudanças, memórias, vestígios

Estampas/Livro de artista (gravuras em metal, serigrafia, xilogravura e pintura sobre papel) ; // 55,0 x 65,0 cm (livro fechado); 55,0 x 130,0 cm (livro aberto); 20 folhas. Caderno. Livro. Diário. Memória que edita constantemente as informações/lembranças. Desenhar para criar e contar histórias através de cores e formas. Representar o mundo que habito. Adicionar e/ou retirar detalhes é uma forma de propor desvios de percurso como pretexto para descobrir novas possibilidades para organizar a narrativa. As alterações nas paisagens, sejam através dos campos de cor, da adição e supressão de elementos, são recursos para propor um olhar atento e investigativo sobre a transitoriedade e desdobramentos do tempo que age sobre os ambientes, objetos e paisagem. As imagens podem ser apresentadas e recombinadas de maneiras infinitas: como as sete notas musicais e/ou letras do alfabeto. É como em um jogo combinatório. A cada rodada é possível mudar tudo e ir adiante.

Vinícius Almeida

Deslocamentos: passagens, mudanças, memórias, vestígios
Deslocamentos: passagens, mudanças, memórias, vestígios
Deslocamentos: passagens, mudanças, memórias, vestígios

horizonte, ainda e através

Parafina e cera de abelha sobre madeira - 35,5 x 94,5 x 2,5 cm “Horizonte, ainda e através” faz parte de uma série de trabalhos em torno de uma imagem que se repete: paisagens onde se desenham topos, relevos e horizontes. Da cera e parafina derretidas e despejadas sobre o suporte, surgem imagens que remetem a formações montanhosas, apresentando camadas e acúmulos irregulares de matéria. As marcas de tempo e uso, manchas e arranhões, da superfície da madeira se traduzem como o céu, a atmosfera, nessa paisagem. Os desenhos de topos e encostas se sobrepondo umas as outras, em camadas, num horizonte amplo e tortuoso emergem de uma memória criada a partir de uma experiência de viagem, ocorrida anos atrás, e que desde então se desdobra em novos vislumbres. A imensidão persiste atravessada no olhar.

Monica Chan

horizonte, ainda e através
horizonte, ainda e através
horizonte, ainda e através

pouso em sonho

Parafina, cera de abelha e madeira - 42 x 88 x 3 cm Da junção de duas cismas, surge este trabalho feito especialmente para a exposição Aurora Imprevisível_. “Pouso em sonho” combina a impressão da paisagem que retorna sempre à memória e a afeição por objetos corriqueiros e gastos. Fragmentos de dois móveis distintos se fundem formando um terceiro objeto que vira uma espécie de moldura para vistas de montanhas e vales. Cera e parafina preenchem frestas e vãos, intercalam camadas com diferentes graus de translucidez, opacidade, espessura e densidade. A partir das camadas inferiores, percorrendo de um topo ao outro, o olhar se eleva, estica e atravessa a cordilheira recortada, navega ao outro lado e de lá retorna por outro caminho. Na travessia do estreito acontece uma vastidão.

Monica Chan