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Imagem de capa da exposição

Frida Kahlo, Uma Biografia Imersiva

Rio de Janeiro

Museu Histórico do Exército e Forte de Copacabana

31/07/2023 - 27/08/2023

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Orientação da Acessibilidade

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BOAS-VINDAS Olá! Sejam todos bem-vindos à exposição FRIDA KAHLO: A BIOGRAFIA IMERSIVA. O projeto de acessibilidade desta exposição foi montado com todo cuidado e carinho para que TODOS possam mergulhar no instigante e criativo universo da artista. Para isso, todas as salas e obras da exposição foram audiodescritas e estão divididas em 38 faixas, que também contemplam todos os textos presentes na exposição. Todo este conteúdo também foi traduzido para a Língua Brasileira de Sinais (LIBRAS). Cada uma das salas possui um QR code, onde você pode acessar todo o conteúdo acessível dela. Mas, para que você tenha uma experiência completa, os orientadores da exposição foram treinados e estão à disposição para te conduzirem nesta jornada. Caso você ainda não tenha solicitado a ajuda de um deles, faça isso agora e descubra em detalhes como foi a vida de Frida.

Texto Frida Kahlo: Biografia Imersiva

Texto Frida Kahlo: Biografia Imersiva

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FRIDA KAHLO: A BIOGRAFIA IMERSIVA Por Favor: Não toque nas telas. Não tire fotos com flash. Não consuma alimentos e bebidas dentro da sala. Você está prestes a embarcar na vida de Frida Kahlo. Nesta sala, você viajará no tempo e conhecerá o México, país que a viu nascer como mulher e como artista. Você irá compartilhar suas paisagens, acompanhá-la em suas viagens e experimentar suas alegrias, tristezas e obsessões. Uma biografia verdadeiramente imersiva que te conduzirá a uma jornada de descobertas: - A infância e a adolescência de Frida, etapas decisivas em sua construção como artista. - As paixões que a habitavam e que estão ilustradas em sua obra. - Seu desejo não realizado de ser mãe e as estratégias que usou para aliviar a dor que isto lhe causou. - Suas jornadas, que influenciaram sua vida pessoal e profissional. - As escolhas estéticas e visuais que a tornaram um ícone Internacional.

Foto no banco de Frida

Foto no banco de Frida

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FOTO NO BANCO DE FRIDA Na entrada da exposição há um espaço em que podemos tirar fotos. É um banco de madeira, como o das praças, onde podemos nos sentar. Detrás dele está uma grande foto em preto de branco de Frida Kahlo, com uma moldura feita de muitas flores laranjas, vermelhas e amarelas em formato de arco. Na foto, Frida está ao lado de um enorme cacto agave, que se parece com a aloe-vera ou bromélia. O rosto da artista se volta em direção a planta, e ela a toca com uma das mãos. Frida veste uma saia longa e uma blusa de manga comprida, com gola até o pescoço. À frente do banco, na entrada para este espaço, estão dois postes de luz e vasos com flores laranjas, vermelhas e amarelas, um de cada lado.

Texto Introdução

Texto Introdução

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INTRODUÇÃO Numa moldura, preenchida com rosas vermelhas, está o seguinte texto: Podemos dizer que conhecemos Frida Kahlo. Mas nós a compreendemos? O que está por trás de sua maneira de criar, vestir, amar e viver? Por que ela permanece, após tantos anos, como ícone mundial mais atual do que nunca? Convidamos você a embarcar em uma biografia imersiva, que nos enche de perguntas e aponta para algumas respostas.

Corredor

Corredor

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CORREDOR No primeiro corredor de acesso, há projeções de imagens de Frida nas paredes, como se fossem fotos ou auto-retratos em diferentes idades, posições e vestimentas. As fotos são mescladas com imagens de flores, linhas de caderno e alguns escritos, como "Frida Kahlo" e "ya no estoy sola", ambos em letras cursivas. Conforme muda a cor da iluminação da sala, em vermelho, verde e azul, mudam as imagens e textos projetados nas paredes.

Antessala

Antessala

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ANTESSALA Uma parede preta com tecidos de tule é iluminada por discretos feixes de luz. Na parede estão penduradas várias esculturas feitas por uma artista plástica brasileira. A maioria das esculturas são de torsos. Cada um é pintado com tinta de várias cores, e estão adornados com rendas, flores, folhas, papéis e tecidos estampados. Em alguns deles há dizeres, como “Suor”, "Diego", "Frida" e “Mantenha-se Firme”. Além dos torsos, há também duas asas, onde está escrito "Pés… Para que os quero se tenho asas para voar?".

Sala dos Pompons

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SALA DOS POMPONS Dependurados do teto estão inúmeros fios, que quase alcançam o chão. Em cada um dos fios há pequenas bolas de pelúcia, em muitas e diferentes cores. Você pode caminhar por entre elas e tirar fotos. As paredes desta sala são feitas de quadradinhos, como se fossem pequenos azulejos, em degradê de vermelho, rosa, amarelo, laranja, azul e verde. De longe, o efeito é o de uma tecelagem, como aquelas típicas da terra de Frida.

Sala dos Milagritos

Sala dos Milagritos

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SALA DOS MILAGRITOS No centro de uma parede azul escuro está um pequeno porta-retrato, rodeado de inúmeras esculturas, também pequenas, conhecidas como Milagritos. A maioria delas é em formato de coração. Outras são a porta de entrada de uma pequena igreja. Os corações têm diferentes formatos e texturas. A maioria deles possui uma espécie de raio de sol na parte superior. Outros também têm asas. Num deles, por exemplo, um coração vermelho está rodeado de espinhos dourados. Acima há um crucifixo e, detrás dele, chamas em amarelo e laranja. Noutro, o coração vermelho no centro é rodeado por delicadas flores coloridas. Da extremidade superior emergem os raios de sol, pintados nas cores do arco-íris. No porta-retrato localizado no centro desta parede está uma foto em preto e branco de Frida. Ela está ao lado de um enorme cacto agave, que se parece com a aloe-vera ou bromélia, e nos olha com firmeza. Veste uma saia longa, e com um dos braços, joga um lenço em seu pescoço. A moldura da foto é oval e dourada, com adornos de flores e folhas também em dourado. Todo a parede está emoldurada por desenhos de caveiras, flores com pétalas cor de laranja, amarelas, brancas, azuis e vermelhas. Os desenhos estão impressos sobre um delicada folha de madeira, que se projeta a cerca de dez centímetros da parede azul.

Sala Educativo

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SALA EDUCATIVO Este ambiente é rodeado de cortinas azuis drapeadas, iluminadas por feixes de luz também azuis. Ele é repleto de painéis luminosos, um na sequência do outro, com textos explicativos sobre as diferentes fases da vida de Frida. Cada painel é adornado por uma moldura dourada, com textura de ramos de folhas entrelaçados um sobre o outro, também na cor dourada. Ao lado de cada painel há vasos de diferentes tamanhos, em tons de marrom ou cinza. Em cada um deles há uma planta: predominam os cactos verdes, mas também há outras, que se parecem com a aloe-vera ou bromélias. Neste ambiente também há uma moldura vazada, em formato quadrado. Ela é dourada e está dependurada do teto por um fio quase invisível, sem tocar o chão. Ao fundo, há uma grande árvore de galhos secos, vasos com cactos e outras plantas, que nos remetem à terra de Frida. Você pode se posicionar detrás da moldura e tirar uma foto. Nas próximas faixas ouviremos os textos sobre as fases da vida de Frida.

Texto Infância

Texto Infância

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No painel "A infância" está o seguinte texto explicativo: A INFÂNCIA Frida Kahlo costumava mentir sobre sua data de nascimento (6 de julho de 1907), dizendo que ela nasceu na mesma época da Revolução Mexicana (1910). Mas não estamos mentindo quando dizemos que, mesmo não tendo nascido no ano da Revolução, ela revolucionou seu tempo. Filha de Carl Wilhem (batizado como Ceillermo) Kahlo, um alemão que ganhou milhões como fotógrafo no México, e de sua segunda esposa, Matilde Calderón y González, uma mexicana sem instrução e muito religiosa, Magdalena Carmen Frida Kahlo y Calderón nasceu em Coyoacán, em um momento turbulento para a sociedade mexicana. Grupos cada vez mais numerosos de trabalhadores entravam em greve contra a desigualdade social e a ditadura de Porfírio Díaz, o líder militar que governava o país desde 1877. Esses movimentos de protesto resultaram na Revolução Mexicana, em novembro de 1910, que tirou Díaz do poder em 1911. Frida era uma criança inquieta e travessa, a quarta de cinco irmãs (as duas mais velhas nascidas do primeiro casamento de seu pai), e enfrentou dificuldades desde muito nova. Além dos problemas financeiros impostos à família por mais de dez anos de guerra civil, ela contraiu poliomielite aos seis anos, que atrofiou os músculos da perna direita. As crianças zombavam dela, porque uma de suas pernas era muito mais fina e curta do que a outra, e ela usava botas ortopédicas. Então, ela se recolheu em sua própria "concha". A pequena mas seleta biblioteca mantida por seu pai na Casa Azul, a casa de Frida, era um bom refúgio. Guillermo passava horas lendo lá, além de tocar piano e pintar. Frida era muito próxima de seu pai e o amor dele a preenchia. Com a mãe, por outro lado, ela aprendeu a administrar uma casa em situação financeira precária, além de valorizar os revolucionários. Entre as lembranças guardadas pela menina está a imagem da mãe permitindo a entrada dos zapatistas pela janela de sua casa, para curar suas feridas e alimentá-los durante os Dez Dias Trágicos, de 9 a 19 de fevereiro de 1913. O texto do painel é acompanhado de uma foto em preto e branco de Frida, com aproximadamente trinta e cinco anos. Ela se apoia na borda de um lago e olha suas águas, pensativa.

Texto Adolescência

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No painel "A adolescência" está o seguinte texto explicativo: A ADOLESCÊNCIA Em 1922, Frida realizou uma façanha que marcaria sua vida de forma inimaginável: ela se tornou uma das 35 mulheres a conquistar um lugar entre os 2.000 alunos da Escola Nacional Preparatória de Ensino Médio, no coração da Cidade do México, uma etapa anterior ao ingresso na universidade. No caso dela, a faculdade de Medicina. Este centro educacional visava formar pessoas que seriam a força motriz do país, e era um verdadeiro foco de convulsão social e política. A escola pregava o orgulho às raízes mexicanas, a necessidade de se resgatar a cultura popular que quase foi dizimada pela colonização, e o desejo de imitar os gostos e hábitos europeus. Longe do rígido controle católico de sua mãe, e protegida pelo anonimato da grande cidade, Frida pôde mostrar seu verdadeiro eu: o de uma jovem perspicaz, curiosa, impulsiva, corajosa e irreverente. Ela imediatamente se juntou a um grupo de estudantes, chamado "Los Cachuchas", por causa dos bonés que usavam, e esse grupo se tornou sua família. Com ele, ela descobriu autores e correntes de pensamento, além do seu amor pela resistência à ordem estabelecida. Os membros do Los Cachuchas competiam para saber quem seria o melhor leitor, e também para decidir quem seria o maior pregador de peça. Além disso, ela encontraria seu primeiro grande amor entre eles, Alejandro Gómez Arias, o líder do grupo estudantil. Três anos depois de entrar na Escola Nacional Preparatória, a menina que havia chegado com tranças e uniforme de colegial alemão tornou-se uma jovem culta, de ideias bem definidas, popular entre seus pares, que às vezes usava saias de camponesa e estava prestes a testemunhar o momento decisivo da sua vida.

Texto As Paixões

Texto As Paixões

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No painel "As paixões" está o seguinte texto explicativo: AS PAIXÕES Frida teve três grandes paixões: a pintura, o ativismo político e o amor. E suas três paixões gravitavam em torno de uma figura muito poderosa: Diego Rivera. Há muitas lendas sobre como Frida e Diego se conheceram, mas é fato comprovado que eles se conheceram no final de 1928, na casa da fotógrafa comunista Tina Modotti. Ele tinha o dobro da sua idade e havia acabado de se divorciar pela segunda vez. Ela havia terminado o namoro com Alejandro há alguns meses. A explosão da paixão é imediata e eterna: após menos de um ano, em 21 de agosto de 1929, Frida e Diego se casaram pela primeira vez (eles se divorciariam em novembro de 1939 e se casariam novamente treze meses depois). Ainda que passassem a vida entre brigas e reconciliações, (re)encontros e abandonos, promessas e infidelidades sexuais, sua lealdade mútua seria eterna. Diego sempre admirou Frida, como pessoa e como artista. Ele a incentivava a confiar em seu talento e cuidar de sua saúde física. Mas ele nunca desistiu de ter casos com artistas, modelos e assistentes, por mais doloroso que isso tenha sido para sua esposa. Ela também passaria de amante a amante, homens e mulheres, ora para diminuir a dor da ausência de Diego, ora para celebrar a vida. Por sua cama e por seu coração, já passaram personalidades como o escultor Isamu Noguchi, o fotógrafo Nickolas Muray e o galerista Julien Levy. Ela teve um caso com Leon Trotsky, que foi recebido pelo casal na Casa Azul durante seu exílio no México. Acredita-se que ela também tenha tido relações sentimentais com a atriz María Félix e a cantora Chavela Vargas, e sabe-se com certeza que ela esteve apaixonada por um ilustrador catalão, Josep Bartolí, que ela conheceu em Nova York em 1946, e com quem teve um relacionamento apaixonado até 1949. Uma série de cartas assinadas por Frida como "Mara", leiloadas em 2015, foram testemunhas desse amor. Entretanto, nenhuma dessas pessoas conseguiu afastá-la de Diego Rivera, quem ela considerava um gênio como artista, uma referência ideológica e um parceiro na luta comunista. Após o divórcio, causado pela infidelidade de Diego com sua irmã Cristina, Frida trabalhou duro para se tornar economicamente independente do pintor, e conseguiu isso vendendo quadros, além de seu trabalho como professora de arte, mas sempre continuou emocionalmente ligada a ele.

Texto A Maternidade

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No painel "A maternidade" está o seguinte texto explicativo: A MATERNIDADE Frida tinha uma necessidade infinita de amar. Ela aliviava essa necessidade com amores e amizades sem fim, nunca ficando sozinha, mas não tinha como dedicá-lo a quem mais desejava: um filho seu e de Diego. Devido aos graves ferimentos causados pelo acidente em sua região abdominal, nenhuma de suas gestações foi levada a termo. Ela sofreu vários abortos que afetaram seu estado emocional. Como aconteceria ao longo de toda a sua vida durante os períodos de convalescença, sua pintura captava e amenizava essa dor. Seu instinto maternal nunca a abandonou, e Frida o canalizava enchendo de amor os filhos de outras pessoas (seus sobrinhos e sobrinhas a adoravam, assim como os filhos de seus amigos e patronos), e cuidando de suas plantas e animais de estimação. Diego e ela viviam cercados por vegetação, macacos, papagaios, pombos, cães e gatos. Eles tinham até um veado e uma águia. O casal aparece acariciando-os e brincando com eles em muitas fotos, e Frida frequentemente os incluía em seus autorretratos. Especialmente, os macacos e papagaios que aparecem em seus braços como se fossem os bebês que ela não pôde ter. Os alunos da Escola Nacional de Pintura, Escultura e Gravura conhecida como "La Esmeralda", onde ela ministrou aulas desde 1943, também foram beneficiários desse instinto. Frida era mais do que uma professora para eles: ela os acompanhava em suas descobertas artísticas, políticas e pessoais, os apresentava a seus amigos pintores e intelectuais, lhes fornecia recursos quando não tinham nenhum e abria portas para que eles pudessem mostrar sua arte. Quando a saúde a impedia de dar aulas, eles iam até a Casa Azul. Eles eram chamados de "Los Fridos", como se fossem seus filhos.

Texto As Viagens

Texto As Viagens

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No painel "As viagens" está o seguinte texto: AS VIAGENS Em 1917, quando a Revolução Russa acabou com o regime czarista e criou o que se tornaria a União Soviética, o mundo inteiro foi abalado. Criou-se um Estado completamente novo, com um modelo econômico totalmente diferente, que mostrava que o capitalismo não era a única opção possível. Começou ali uma divisão mundial em dois blocos irreconciliáveis (capitalistas e comunistas). Começaram a surgir partidos comunistas em todo o planeta. No México, Diego Rivera se filiou a esse partido três anos depois, em 1919, e Frida Kahlo, em 1928. Ambos compartilharam o entusiasmo por essa ideologia até sua morte, mas isso não os impediu de se ligarem intimamente aos Estados Unidos, o grande inimigo do regime da foice e do martelo. São Francisco foi a primeira cidade norte-americana a acolher o casal. Diego recebeu propostas para fazer pinturas e murais na cidade, e Frida o acompanhou. Eles ficaram sete meses na cidade, entre 1930 e 1931, período seguido por longas estadias em Nova York e Detroit, onde Diego recebeu novas encomendas. Durante três anos, eles passaram muito tempo nos Estados Unidos, onde se relacionaram com as elites locais. Embora Frida explicasse a seus amigos que não gostava de "Yankees", essa declaração contradizia sua vida social muito ativa nos EUA. Na verdade, aquela foi uma fase cheia de contradições, pois sua militância comunista não impedia o casal de desfrutar de eventos noturnos e luxuosos com referências capitalistas, como as famílias Rockefeller ou Ford. Frida chegou aos Estados Unidos como esposa do aclamado Diego Rivera, mas aos poucos foi trilhando seu próprio caminho, a ponto de receber o primeiro convite para uma exposição individual em Nova York, na galeria de Julien Levy. Ela vendeu metade de seus quadros, um passo importante em sua carreira. No ano seguinte, Frida fez outra viagem crucial para seu reconhecimento artístico: foi a Paris para participar de uma exposição sobre o México, organizada por André Breton e Marcel Duchamp. Ela foi a estrela da exposição. Um ano depois, duas de suas pinturas fariam parte da Exposition Internationale du Surréalisme, que aconteceu na capital francesa. Ela teria a honra de ser a primeira artista mexicana de quem o Louvre adquiriu uma pintura.

Texto O ícone

Texto O ícone

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No painel "O ícone" está o seguinte texto explicativo: O ÍCONE Não tem como errar: vemos a silhueta daquelas sobrancelhas emolduradas por um coque decorado com flores, e sabemos se tratar dela. A superfície (camisetas, bolsas, todos os tipos de acessórios, pôsteres, ímãs de geladeira e até a pele) não importa, nem o lugar no mundo: Frida Kahlo é hoje um ícone em todos os cantos do planeta. Por sua atitude diante da adversidade: pintar deitada na cama, com o corpo imobilizado por um espartilho de gesso, mas com a mão se movimentando em busca de liberdade. Pelo seu compromisso ideológico: com os zapatistas mexicanos, com os republicanos espanhóis, participando de uma manifestação comunista em uma cadeira de rodas apenas 11 dias antes de morrer. Pela sua transgressão às convenções: aquelas relacionadas ao casal, tratando a relação com Diego da maneira que lhe convinha, independentemente de as pessoas entenderem ou não; as relacionadas à sociedade, frequentando as festas da elite americana em vestidos Tehuana; as relacionadas à estética, certificando-se de que suas imperfeições, tudo o que se desviava do paradigma da beleza, não só não a impediam de ser desejada, como também faziam parte de seus encantos. Frida sabia ser única. Muito antes do marketing falar sobre imagem de marca, ela fez dos seus trajes tradicionais, sobrancelhas e bigodes sinais muito sedutores de autoconfiança e os transformou em uma identidade forte o bastante para evocá-la com um único traço. Como se fosse um logotipo. Havia o risco de o trabalho de Frida ser ofuscado por sua vida e por sua personalidade, pois elas não poderiam andar separadas. Ela demonstrou isso até seu último dia de vida, especialmente quando, em 1953, um ano antes de sua morte, ela inaugurou sua primeira exposição individual no México. Ela estava tão debilitada que, para receber o público que desejava assistir à exposição, pediu uma ambulância para transportá-la a uma cama instalada na galeria, onde ficou deitada, assim como em muitos de seus quadros. Ao seu redor, amigos e admiradores cantaram músicas mexicanas até tarde da noite. Quando ela morreu, em 13 de julho de 1954, havia uma pintura pronta em seu cavalete. Algumas melancias, que a manteriam para sempre ligada a vida, velaram seu derradeiro sono. Este texto é acompanhado por um desenho do rosto de Frida, com flores ao redor do pescoço e um girassol na cabeça. Sobrancelhas unidas, batom vermelho, brincos grandes: ela nos olha, com firmeza e imponência. Uma foto em preto e branco também ilustra este texto. Frida está sentada, com os cotovelos apoiados numa mesa. Ela está com os cabelos presos trançados, colares e lenço no pescoço e um vestido comprido e cheio, como os das camponesas.

Texto Cronologia

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Há um painel com uma linha do tempo, apresentando a cronologia da vida de Frida e os principais acontecimentos. CRONOLOGIA 1907: Frida nasce em 6 de julho, em Coyoacán, filha de um fotógrafo alemão e uma dona de casa de Oaxaca. Eles vivem na Casa Azul. 1913: Ela contrai poliomielite, que deixa sequelas na perna direita. 1922: Ela ingressa na Escola Nacional Preparatória para poder cursar Medicina. 1924: Em 17 de setembro, ela sofre um terrível acidente, cujos efeitos ela suportará por toda a vida. Começa a pintar durante sua convalescença. 1928: Ela se filia ao Partido Comunista Mexicano e participa de reuniões, onde conhece Diego Rivera, que a incentiva a continuar pintando. 1929: Em 21 de agosto, casa-se com Diego Rivera. 1930: Em 10 de novembro, viaja para São Francisco com Diego, onde permanecem lá por sete meses. 1932: Na primavera, se mudam para Detroit. Em julho, ela sofre um aborto (ela sofrerá, pelo menos, três abortos durante a vida), o que a mantém por treze dias no Hospital Henry Ford. 1933: Em 14 de março, eles viajam para Nova York para Diego pintar um mural no prédio Rockefeller. 1937: Em 9 de janeiro, Leon Trotsky e sua esposa, Natalia, chegam ao México. Eles se hospedam na Casa Azul. 1938: Ela consegue sua primeira venda importante para o ator Edward G. Robinson. Em outubro, viaja para Nova York a fim de organizar sua primeira exposição individual. 1939: Em janeiro, viaja à França para participar da exposição Mexique, organizada por André Breton e Marcel Duchamp. O Louvre compra sua pintura The Frame. Em novembro, ela assina os papéis para se divorciar de Diego. 1940: A Exposition Internationale du Surréalisme é inaugurada em Paris, com duas pinturas de Frida. Em agosto, Trotsky é assassinado em Coyoacán. Frida é interrogada por 12 horas porque o assassino, Ramón Mercader, esteve em sua casa duas vezes. Ela faz as pazes com Diego e, no dia 8 de dezembro, eles se casam pela segunda vez. 1946: Ela viaja para Nova York, com sua irmã Cristina, para se submeter a uma fusão espinhal. Ela conhece Josep Bartolí, com quem terá um relacionamento de três anos. 1953: Em 13 de abril, inaugura sua exposição individual no México. Ela chega à galeria em uma ambulância e recebe os visitantes em uma cama instalada no local. Em agosto, ela tem a perna direita amputada. 1954: Em 13 de julho, ela morre na Casa Azul. Na noite anterior, ela havia dado a Diego um anel para uma celebração antecipada das Bodas de Prata. No dia seguinte, ela recebe uma homenagem do Palácio de Belas Artes, na Cidade do México.

Texto O Ícone Fashion

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No painel "O ícone fashion" está o seguinte texto explicativo: O ÍCONE FASHION Pintar era uma forma de Frida Kahlo se expor. Suas roupas, por outro lado, eram usadas para se esconder. De fato, no minuto em que ela chegava a algum lugar, a saia de veludo brilhante, a blusa ricamente bordada, o coque decorado com flores ou fitas coloridas e as joias espetaculares atraíam todos os olhares. Todos viam exatamente o que ela queria projetar: orgulho de suas raízes mexicanas, autoconfiança e alegria de viver. No entanto, sob a saia estava escondida sua perna deformada pela poliomielite; debaixo da blusa estava escondido o espartilho que lhe endireitava as costas, mas lhe tirava o fôlego, enquanto os cabelos e as pedras preciosas distraíam a atenção de qualquer sinal de tristeza em seu rosto. Quanto pior Frida se sentia, mais ela se empenhava em compor sua imagem para parecer radiante para o mundo. A dor e a tristeza eram confinadas às suas pinturas. Além disso, ela rapidamente percebeu que essa imagem a tornava única. Em uma sala cheia de mulheres sofrendo para encaixar seus corpos em vestidos justos e seus pés em saltos altos, ela se destacava com seu vestido tradicional e huaraches de camponesa. Ela era uma mulher da cidade, educada em um ambiente de classe média, assim como aquelas mulheres, mas sua vestimenta a ligava à terra e às reivindicações indígenas, e essa imagem de autenticidade e compromisso ofuscava as demais. Seu senso artístico também ficava evidente na escolha de cada roupa: ela combinava as formas e os elementos de cores com os quais se arrumava, como se eles fizessem parte de seu trabalho. Frequentemente, ela pegava a agulha para adicionar rendas, fitas ou bordados e personalizar ainda mais as suas roupas. Seu estilo era tão marcante que ela apareceu na capa da revista Vogue em 1937. Após sua estadia em Paris para preparar a exposição Mexique, em 1939, a estilista Elsa Schiaparelli criou o vestido Madame Rivera em sua homenagem. Desde então, muitas outras revistas e designers de moda se inspiraram em Frida Kahlo. Até hoje, sua imagem tem aparecido em muitas publicações ao redor do mundo, e grandes nomes da moda, como Givenchy, Jean Paul Gaultier e Valentino, já criaram coleções em sua homenagem. Noutro painel, também intitulado “Ícone fashion”, há inúmeras fotos em preto e branco de Frida Kahlo, cidades por onde passou e reportagens de jornais. Numa delas, a torre Eiffel, em Paris; a estátua da liberdade, em Nova York; Frida segurando um macaco, ao lado do cacto agave; com Diego Rivera e, especialmente, vários retratos seus, com duas de suas marcas: sobrancelhas unidas e roupas típicas mexicanas.

Texto Tradicional Tecelagem

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No painel estão dois textos explicativos sobre iniciativas de tecelagem em Oaxaca. TRADICIONAL TECELAGEM COOPERATIVA RENACER 8.2 Em 7 de setembro de 2017, um terremoto de magnitude 8,2 atingiu Asunción Ixtaltepec, uma vila na Península de Tehuantepec, no estado de Oaxaca, e uma grande parte de seus moradores perdeu tudo o que tinha. O desastre econômico e emocional foi terrível. Mas nós, as mulheres da península, encontramos uma saída. Decidimos recuperar a tecelagem tradicional da região, participando de oficinas para aprendermos e nos aprimorarmos, e depois trabalharmos juntas. A partir dessa experiência, nós, Rosa, Iris e Arelia, decidimos formar uma cooperativa, que chamamos de Renacer 8.2, em referência à como esse trabalho nos permitiu renascer após o desastre do terremoto. Nós três partilhamos a paixão pelo bordado da península, com a técnica do croché, que pretendemos disseminar para além das fronteiras. Gostamos de inovar e aplicar bordados à saias, camisetas, blusas e vestidos, além de brincar com as cores. Sonhamos em tornar nossas roupas conhecidas e apreciadas em outros países e poder trocar conhecimentos culturais com eles, o que também enriquece o trabalho que fazemos. Cada peça de roupa leva um pouco da nossa essência: por trás de cada ponto estão pensamentos, ilusões, sonhos e, acima de tudo, muito amor. Nosso objetivo é ensinar as mulheres locais como contribuir para as finanças de suas famílias e até mesmo alcançar a independência financeira, ao mesmo tempo permitindo que elas continuem cuidando de suas casas.

Texto Fundação Comunitária de Oaxaca

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O segundo texto do painel é o seguinte: FUNDAÇÃO COMUNITÁRIA DE OAXACA Há vinte e cinco anos, nós, vários representantes de entidades civis, além de alguns empresários locais e nacionais que queriam contribuir para о desenvolvimento da nossa região, percebemos que era necessário superar as dificuldades sociais e econômicas de uma forma que respeitasse a riqueza e a diversidade natural, gastronômica e geográfica de Oaxaca. É por isso que, em 1996, decidimos nos unir para criar a Fundación Comunitaria Oaxaca (FCO), uma iniciativa que visa demonstrar que a sociedade civil tem a capacidade de se organizar para melhorar o nível de vida na região. A entidade está comprometida com a tomada de decisões participativas e inclusivas para gerar um impacto social positivo e duradouro. Ela foca suas ações na causa dos problemas e não em seus efeitos, e considera que o desenvolvimento social de uma comunidade deve ser baseado na dignidade, identidade e autonomia de seus membros. Com esses valores, a fundação implementa uma série de programas de desenvolvimento comunitário e proteção ambiental, tendo por objetivo o crescimento sustentável das aldeias de Oaxaca e promovendo, assim, uma melhoria real na vida de seus habitantes. Ao lado deste texto há uma moldura vazada, em formato quadrado. Ela está dependurada do teto por um fio invisível, sem tocar o solo. A moldura é dourada e possui adornos de ramos trançados, também em dourado. Um vaso de cerâmica marrom com um cacto está no canto. Ao fundo, uma cortina drapeada preta é iluminada por feixes de luz azul. Você pode se posicionar detrás da moldura e tirar uma foto.

Texto O Altar

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No painel "O altar" está o seguinte texto: O ALTAR Na tradição mexicana, o Altar dos Mortos é o espaço onde as pessoas vivas reencontram seus mortos. Nos dias 31 de outubro, 1 e 2 de novembro, dependendo das circunstâncias de sua morte, os espíritos voltam para suas casas, onde encontrarão tudo o que eles amaram e que os definiram. Os altares estão organizados em diferentes níveis: os de dois níveis representam o Céu e a Terra, são altares mais simples e comuns; e os de sete níveis representam passos necessários para se chegar ao Céu e ao descanso eterno, sendo estes os altares mais complexos e tradicionais. Os altares devem ter certos elementos: a água, que simboliza a pureza e sacia a sede dos mortos após tão longa jornada; velas de altar, cujas chamas trazem luzes de esperança e orientação; incenso, para afastar os maus espíritos; e flores, principalmente cempasúchil (calêndula), que, com sua cor e cheiro, mostram às almas o caminho de volta para casa. Os ensopados tradicionais também são imprescindíveis, juntamente com o pan de muertos (pão dos mortos), as frutas, as caveiras de açúcar e outras representações da morte, bem como algumas bebidas alcoólicas apreciadas pelo falecido que servem para o acolher. Tudo isso é decorado com papel picado, um ornamento presente em todas as celebrações mexicanas, ilustrando o espírito festivo do Día de los Muertos. A imagem do defunto preside o altar, que inclui também objetos ligados a essa pessoa, seja porque a representam ou porque gostava deles. Na tradição católica, os altares são adornados com uma cruz e imagens de almas do purgatório. Um arco decorado com coroas de flores: a pequena capela é a porta que deve ser cruzada para entrarmos no reino dos mortos.

Sala Altar

Sala Altar

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SALA DO ALTAR Nesta sala, as paredes são decoradas com cortinas drapeadas na cor vermelho-sangue. Na parede onde está o altar há uma espécie de tapeçaria, com listras verticais e cores em tons quentes. O chão é forrado por um carpete, também na cor vermelho-vivo. O altar é grande, quase alcançando o teto da sala. É formado por sete degraus, que vão aumentando de comprimento de cima para baixo. Todos os degraus estão encobertos de muitas e muitas oferendas. Velas brancas e amarelas acesas, castiçais com velas vermelhas, flores nas cores laranja, amarelo e vermelho, cachos de uva, melancias, bananas e abacaxis, caveiras de muitos tamanhos, cores e estampas, colares de contas, um crucifixo e bonecas de pano com as sobrancelhas unidas, imitando Frida. Todo este conjunto é circundado por um arranjo grande e imponente, em formato de arco, feito com muitas e muitas flores em tons de vermelho, amarelo e laranja. No primeiro degrau do altar, em meios às muitas oferendas, há uma foto em preto e branco de Frida. Ela possui uma moldura quadrada com um semicírculo na parte superior. A moldura é dourada, com adornos em folhagens também dourados. Na foto, a artista está de blusa de manga comprida e saia longa. Ao seu lado há uma enorme planta, mais alta que Frida, parecida com as bromélias ou aloe-veras. É a mesma foto da entrada e da Sala dos Milagritos. No degrau abaixo há duas outras fotos em preto e branco de Frida, cada uma numa extremidade. Numa delas, a artista está de frente; na outra, ela está de perfil. Dois degraus abaixo está uma escultura do busto de Frida. Ela está com um colar de flores rosas, laranjas e amarelas. Flores vermelhas enfeitam seus cabelos presos. De cada lado do altar há um jardim com pedrinhas marrons no solo, com muitas velas acesas diretamente apoiadas nas pedrinhas. Dois grandes vasos de cerâmica marrom com cactos verdes bem compridos, e dois recipientes de cerâmica com frutas dentro: melancias cortadas ao meio, bananas, abacaxis, cachos de banana e de uva. Ali também estão quatro cabeças de caveira bem grandes, duas de cada lado. Elas estão com os dentes aparentes, seus olhos são pintados de vermelho e rodeados de adornos coloridos, como se fossem pétalas de flores. Elas também estão cobertas de desenhos coloridos e estilizados com cruzes e ramos de folhas.

Rosto Neon

Rosto Neon

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ROSTO NEON Sobre uma parede negra está um desenho do rosto de Frida Kahlo. Ele é feito com finos tubos de luz neon, em diferentes cores, que formam as linhas que desenham o rosto da artista. A maioria dos traços são brancos. Eles formam os olhos, sobrancelhas, nariz, orelhas, cabelo e contornos do rosto e do pescoço largo, coberto pela gola de uma camisa. Duas linhas vermelhas verticais desenham as bochechas. Os lábios também são vermelhos, como se tivessem sido pintados com um batom. Ela usa brincos. Eles são verdes, em formato redondo e estão presos às orelhas por uma delicada haste. Flores lilás e vermelhas adornam os cabelos presos. Sua expressão é séria, marcada por uma de suas marcas pessoais: as sobrancelhas unidas.

Sala do Acidente

Sala do Acidente

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SALA DO ACIDENTE Nesta sala se destaca uma projeção que acontece numa espécie de televisor. Ela é feita em camadas sobrepostas de telas, como se fossem sequências de um filme, mas que vão aparecendo em um fundo negro. A sequência inteira é de um acidente em câmera lenta. Um livro aberto sobrevoa o fundo negro, com cacos de vidros que se multiplicam ao som do rompimento. Aparece o corpo de Frida, branco, como se fosse feito de gesso. Ela veste uma blusa de manga comprida e saia esvoaçante. Tem um colar de contas no pescoço e flores nos cabelos presos. Frida está deitada e leva as mãos ao alto, tentando se proteger de algo. Um sapato branco aparece voando por entre os cacos. Lentamente, o corpo desaparece. Ao som do trovão, cacos de vidro e de gesso se espalham por toda a tela. Um guarda-chuva e um sapato, ambos na cor branca, flutuam no ar repleto de cacos. Então, os cacos se juntam e o corpo que tenta se proteger reaparece: saiote esvoaçante, colar no pescoço e flores no cabelo. O guarda-chuva e o sapato vão ficando cada vez mais claros, até desaparecerem por completo. O corpo se desfaz novamente. Seguindo pelo espaço há uma sequência de painéis luminosos, em diferentes tamanhos. Eles tomam duas paredes desta parte da exposição. Em cada um dos painéis há a imagem de um raio-x. Sobre um fundo negro, diferentes partes do corpo aparecem na cor branca, a cor dos ossos: o crânio, as mãos, os pés, a coluna vertebral, o quadril, o pescoço. Em cada uma delas, há desenhos coloridos sobrepostos aos ossos, como se os envolvessem delicadamente. São flores, folhas, frutos e animais, como borboletas, onças pintadas e pássaros. Na próxima faixa você pode ouvir o texto que está na parede deste espaço.

Texto O Acidente

Texto O Acidente

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Em uma das paredes há um painel com o seguinte texto: O ACIDENTE Frida, que sempre usou suas pinturas como janela para a sua alma, nunca pintou o acidente que transformou sua vida. Ela dizia que não conseguia capturá-lo em apenas uma imagem. Quantas imagens seriam necessárias para ilustrar a dor de tal infortúnio? Sua presença no ônibus, que poderia ter sido evitada, se ela não tivesse voltado para buscar o guarda-chuva que havia esquecido na escola. O acidente, que poderia ter sido evitado se os motoristas tivessem prestado mais atenção ao trânsito. A coluna vertebral quebrada em três pontos da região lombar, a clavícula fraturada, as costelas quebradas, as onze fraturas na perna direita, o pé direito esmagado, o ombro direito deslocado, a pelve esmagada, o corrimão que a perfurou pelo lado esquerdo e saiu por sua vagina. EVITÁVEL Sua chegada ao hospital enquanto sangue e vida jorravam de suas feridas, a internação de um mês imaginando se ela sobreviveria, e depois meses e meses em casa, esticada na mesma posição, presa a espartilhos ortopédicos e ferida pelo ferro dos equipamentos médicos. Em toda a sua vida, ela usou vinte e oito espartilhos de imobilização: um de aço, três de couro e os demais de gesso. Tudo isso poderia ter sido evitado.

Sala da Cama

Sala da Cama

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SALA DA CAMA Após passarmos uma entrada delimitada por uma cortina negra, chegamos na sala dedicada ao período de convalescença de Frida. A parede lateral é espelhada. Na outra há uma projeção, e na terceira, ao fundo, um texto explicativo sobre o período de convalescença. Na parede onde é feita a projeção há uma cama em tamanho real apoiada nela, como se a parede fosse o chão. É sobre essa cama e partindo dela, como se fossem galhos ou ramificações, que a projeção cria suas imagens. Ela toma toda essa parede do fundo e cria uma sensação de fundo infinito, pois a parede oposta a ela é espelhada e reflete sua imagem. Ela se inicia com a imagem de uma enorme árvore, com muitos galhos compridos na cor vermelha. Em cada galho há várias folhas, também na cor vermelha. Em alguns dos galhos estão as imagens de um crânio, um bebê, um coração com flechas, um quadril com os ossos da coluna cervical, um busto com um par de seios, uma flor envolta com ramos de espinhos e flechas. No centro da árvore, como se fosse seu tronco, vai aparecendo uma folhagem verde. Ela forma uma cama, que permanece conectada à arvore por alguns ramos. A folhagem verde vai se espalhando pela árvore, colorindo quase todos os galhos. Alguns deles permanecem vermelhos, parecendo as veias de sangue de um corpo. Nas suas extremidades, onde antes havia as imagens, agora há círculos vermelhos, que vão sendo igualmente preenchidos pela folhagem verde. A imagem Frida aparece na cama de folhas. Ela está de vestido rodado cor-de-rosa, blusa vermelha e flores no cabelo. Ela acaricia o próprio rosto. Nos círculos nos galhos agora estão as imagens de um bebê, uma flor, um coração, um quadril, seios, um caracol. Todas permanecem ligadas a Frida pelos ramos vermelhos. Os galhos vão sendo coloridos de verde, amarelo, branco e azul. As imagens que estão no interior dos círculos vão sendo preenchidas de cores em movimentos, ao som do coração que pulsa. Depois, os círculos voltam a ficar vermelhos, como se nutridos pelo sangue que passa pelos galhos, ou veias, conectados à cama. Então, a cama começa a se incendiar com as labaredas, o corpo de Frida some. O fogo se espalha por toda a árvore. A projeção se apaga. Na próxima faixa você pode ouvir o texto sobre a convalescença de Frida.

Texto A Convalescença

Texto A Convalescença

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A CONVALESCENÇA O resultado de tantos infortúnios evitáveis é o inevitável: uma longa e dolorosa convalescença. O destino a atingiu naquela tarde fatídica, mas ela ainda tinha uma escolha: entregar-se ou rebelar-se contra o infortúnio. O cavalete que sua mãe mandou instalar em sua cama para distraí-la durante o período de convalescença se converteu em um campo de batalha emocional e uma enciclopédia sobre si mesma, transformando um hobby em uma razão poderosa para se apegar à terra e à vida. Frida olhava o mundo de dentro de seu quarto, e a sua própria imagem refletida no espelho que pairava sobre a cama se tornara o céu para ela. Aprendeu a enxergar um futuro brilhante pelo lado de dentro, sem promessas quebradas. Sublimou o sofrimento e o transformou em arte e lenda. Escapou da cama e entrou na imortalidade como uma chama.

Sala Coração

Sala Coração

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SALA CORAÇÃO Após passarmos por uma entrada delimitada por uma cortina negra, chegamos na Sala do Coração. As paredes laterais são cobertas pelas cortinas. Os pés das cortinas são iluminados por feixes de luz vermelhos e amarelos, como se pegassem fogo. Na parede onde é feita a projeção, há um coração de grandes dimensões. É sobre ele, e partindo dele, que a projeção cria suas imagens. Ela toma toda essa parede do fundo. A projeção se inicia com a imagem de um coração vermelho, sobre o qual passam veias vermelhas e ramos de flores com espinhos, na cor dourada. Acima do coração, mas conectado a ele, há pequenas labaredas em tons de laranja e um crucifixo vermelho. Ao redor do coração há raios de sol muito grandes e imponentes, nas cores dourado, laranja e vermelho. Os raios brilham conforme se inicia a projeção. Na sequência, uma foto em preto e branco de Frida jovem aparece estampada no coração. Os raios começam a girar, e conforme acontece o movimento, outras fotos em preto e branco de Frida vão aparecendo no coração, ao centro, em diferentes idades e situações. Com elas também mudam as cores dos raios; eles ficam todos dourados com detalhes em cinza, depois cinzas com detalhes em verde, vermelho, laranja e dourado. O crucifixo acima do coração é colorido de vermelho. Rapidamente o coração com os raios voltam ao formato do início, mas os espinhos são coloridos de verde e as veias de lilás. Depois, ficam todos pintados de azul escuro. No centro, uma sequência de fotos em preto e branco - numa delas, há um homem beijando Frida. Os raios de sol, então, ficam coloridos como num arco-íris, e logo voltam às cores iniciais - dourado, laranja e vermelho. Por fim, o coração retorna ao formato inicial, na cor vermelha com os raios dourados e laranja, chegando ao fim de nossa experiência.

Sala Moda

Sala Moda

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SALA MODA Esta é a sala dedicada aos trajes de Frida. Ela é inteira rodeada de cortinas pretas drapeadas. Um feixe de luz azul ilumina o centro. Em cada uma das laterais há três manequins, apoiados sobre um cubo de vidro. Cada um deles exibe um traje de Frida Kahlo. São roupas típicas do México, bem coloridas e com modelagem ampla. No primeiro, o vestido é quadriculado de lilás e branco, com detalhes de fitas lilás e rendas brancas. A cabeça é inteira coberta por um lenço, como aqueles das camponesas. O segundo é formado por uma blusa branca de manga comprida com drapeados no seio e nos pulsos. A saia é esvoaçante. Uma parte dela é de cetim vinho, outra na mesma cor da blusa. Rendas brancas adornam suas extremidades. Na cabeça, há uma tiara de flores vermelhas. No terceiro, uma saia em cor laranja bem vivo e uma blusa que chega quase até os joelhos. Ela possui um rendado branco na região do busto e listras verticais e horizontais em tons de azul e vermelho vivo. O fundo é dourado, com estampas de flores também douradas. Na cabeça, uma tiara de flores vermelhas. A quarta é um saiote largo, colorido em duas faixas horizontais: verde escuro e branco. No busto, um colete de couro adornado com fitinhas amarelas nas pontas está sobre uma blusa branca. Como nas anteriores, há flores vermelhas na cabeça. O quarto é uma saia preta e branca, com bordados de flores típicos do México. A blusa é branca, e também tem bordados de flores coloridas. Na cabeça, flores vermelhas e amarelas. O último é uma saia preta com uma blusa larga que chega quase até os joelhos. A blusa tem fundo branco, com detalhes de fitas azuis, marrons e outros bordados de folhas. As flores vermelhas adornam a cabeça. Em uma das paredes há um texto. Você pode ouvi-lo na próxima faixa.

Texto Moda

Texto Moda

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TEXTO MODA Para além de fascinantes e encantadores, os trajes de Frida Kahlo simbolizam com maestria a capacidade da artista de transformar sua dor em Arte, fazendo uso da Moda enquanto ferramenta construtora de identidade. No volume das saias longas que costumava vestir, Frida tirava o foco da deficiência que possuía nas pernas. Através da infinidade de bordados, pinturas e aplicações que ocupavam boa parte do busto de suas roupas, fazia do seu colo uma tela, "distraindo" os olhares daquela que seria a real forma de seu corpo. Frida transformava a dor em potência, e é nessa atmosfera que a MABÔ, marca carioca, foi convidada para traduzir, sob forma de seis looks, o carácter revolucionário da Arte e Indumentária de Frida Kahlo. A partir de inúmeros processos de bordado e pintura à mão, a MABÔ celebra em sua essência o vestir enquanto Arte. Suas peças são elaboradas por um time de mulheres capacitadas através de formações periódicas no trabalho que mais se identificam. É dessa rede de ensino, tradição e afeto que estas mulheres tiram sua renda, vendo seus pontos e pinceladas transformarem-se em obras que já conquistaram os quatro cantos do mundo. Nesta sala apresentamos um ensaio de intersecção entre a MABÔ e a indumentária de Frida Kahlo, acreditando que ambas representam a força do trabalho manual feminino numa ponte entre México e Brasil.

Sala Kinect

Sala Kinect

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SALA KINECT Ela tem dois espelhos nas paredes laterais. Uma projeção acontece na parede ao fundo e no chão. As paredes espelhadas reproduzem a projeção, dando a impressão de estarmos num corredor infinito. As quatro paredes são completamente tomadas por inúmeros desenhos de flores coloridas em amarelo, azul, rosa, folhas verdes, melancias, caveiras, macacos, borboletas, passarinhos e outros animais. Todas essas imagens estão em movimento, sobrepondo-se umas às outras. Conforme você anda pela sala, alguns desses elementos se destacam do chão e passam a ser projetados no seu corpo. Na próxima faixa você poderá ouvir o texto de parede que fala desta sala.

Texto Simbologia Sem Fim

Texto Simbologia Sem Fim

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SIMBOLOGIA SEM FIM Entrar no universo artístico de Frida Kahlo é fazer uma imersão em sua privacidade. O trabalho de Frida rejeita rótulos. Embora seja frequentemente enquadrada entre os surrealistas, devido ao incentivo dado por André Breton à sua carreira, ela não se considerava parte desse movimento, pois dizia não pintar seus sonhos, mas sim sua realidade. A forma como ela mesma invade cada parte de sua obra, de forma ao mesmo tempo sutil e despudorada, é sua marca registrada e o que a torna única. A personalidade complexa de Frida, sua luta interna entre a dor constante e seu desejo de viver, e a necessidade de parecer empoderada, mesmo que esteja quebrada por dentro (muitas vezes literalmente) dão origem à linguagem simbólica que a define. Nessa linguagem, as caveiras são um elemento recorrente, um símbolo universal da morte, mas filtrados pela tradição mexicana, em que o fim também é um começo. Ninguém sabia isso melhor do que ela: a artista nasceu do acidente que a deixou à beira da morte. Camas e macas também aparecem em suas pinturas, tanto quanto em sua realidade: por causa do acidente, ela teve que passar por 32 cirurgias, sem contar a amputação da perna direita um ano antes de sua morte. Nas camas de suas pinturas, vé-se muitas vezes a morte que a espreita e, às vezes, raízes que a ligam à terra, à vida. A dor está expressa na obra de Frida por meio de objetos cortantes: colares de espinhos, pregos, flechas e facas que produzem cortes e buracos sangrentos, mas que também se associam à feminilidade. Esses símbolos aparecem frequentemente em seus autorretratos, onde a artista convive estoicamente com suas feridas, aceitando que o sofrimento é inseparável da vida. A dualidade está muito presente em sua obra, em que o sol divide espaço com a lua. Um rosto pode ser metade Frida, metade Diego ou duas Fridas; um com o coração intacto e o outro com o coração partido mostrando uma Frida, a verdadeira. O beija-flor, que na tradição mexicana simboliza a felicidade no amor, algo que Frida almejava, só corresponde à realidade quando é pintado morto. E as frutas: melancias, romãs, mamões... abertas, carnudas e suculentas, obviamente remetem à sexualidade e à fertilidade - imperfeitas, mas desejáveis - e em vários estágios de frescor e maturidade, como se fossem pessoas, como se fossem a própria Frida Kahlo.

Sala La Rosita

Sala La Rosita

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SALA "LA ROSITA" Ela reproduz uma praça num bairro popular mexicano. As paredes laterais da sala são como as fachadas de casas, pintadas nas cores vermelho, azul e bege. Há várias janelas iluminadas, como se alguém estivesse dentro da casa. Vasos marrons com plantas verdes e lampiões acesos estão presos nas paredes. As janelas são feitas de vidro, com um quadriculado de madeira sobre ele e uma moldura também em madeira. Algumas são quadradas, outras tem o formato de um arco na parte superior. Há também várias portas, indicando a entrada fictícia para as casas. Todas são de madeira, em diferentes formatos. Uma delas é pintada de verde; as demais são marrom. Várias fileiras de bandeirinhas em papel vazado estão penduradas entre as duas fachadas, à direita e à esquerda. Elas são coloridas: verde, vermelho, lilás, amarelo, azul, todas em tons fortes e vibrantes. Cada uma das bandeirinhas tem uma estampa específica, feita a partir de recortes no papel. Seis mesas grandes estão dispostas na transversal, próximas às fachadas das casas. São três de cada lado. As mesas são de madeira e possuem bancos para você se sentar. No fundo desta sala há uma enorme telão, com uma imagem colorida do rosto de Frida projetada nele. O fundo da imagem é estampado de folhagens em tons de verde e azul. A artista olha à frente, com aparência e postura imponentes. Usa batom vermelho vivo e tem as sobrancelhas negras unidas. Seu cabelo está preso, adornado com flores vermelhas. Ela veste uma blusa branca, com um detalhe em forma de arco, na cor vermelha. Logo abaixo, uma enorme borboleta com asas abertas toma todo o seu busto. O fundo das asas da borboleta é roxo, e os detalhes são em vermelho vivo. Por trás de Frida, envolvendo-a, surgem muitas outras flores e folhagens, todas em tons vibrantes de lilás, vermelho, verde e azul. Detrás do telão, há cortinas negras drapeadas que alcançam o chão. À frente está uma espécie de projetor retangular. Ele tem aproximadamente 1,50 de altura, com uma abertura na parte que dá para a sala, oposta ao telão. Esta abertura é iluminada por feixes de luzes azuis. Nesta sala, você pode se sentar nos bancos de madeira e colorir um auto-retrato de Frida, o mesmo que está projetado no telão, mas apenas com os traços na cor preta. Depois, você pode caminhar até o projetor e colocar sua pintura na abertura. Ela será, então, projetada no telão, colorindo o auto-retrato com sua própria arte. Você pode ouvir o texto de parede desta sala passando para a próxima faixa.

Texto O Autoretrato

Texto O Autoretrato

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O AUTORRETRATO Oitenta por cento das obras de Frida Kahlo são autorretratos. Ela pintava a si mesma, dizia, porque ela era o assunto que mais conhecia. Ela começou a se retratar durante a convalescença após o acidente, quando a pintura entrou em sua vida, primeiro como distração, e depois como terapia. A mãe lhe presenteou um cavalete adaptado, permitindo que ela pintasse na cama, como se fosse um espelho de corpo inteiro instalado em cima da cama para que ela pudesse ser tanto a artista como a modelo. Quando ela pintava a si mesmo, Frida ilustrava suas contradições: seu rosto era como uma máscara impassível em que apenas o olhar e os elementos ao redor revelavam a verdade. Frequentemente, havia lágrimas, mas ela não chorava. Seu sofrimento era representado pela curva de um ricto discreto, um pássaro morto, um colar de espinhos que a estrangulava ou um coração partido. Ela parecia calma, mas a dor transparecia. Seus autorretratos também fazem parte da construção da personagem. No primeiro autorretrato que pintou, em 1926, ela usava um vestido de veludo e parecia uma musa renascentista. Mais tarde, ela começou a aparecer em vestidos tradicionais mexicanos que a representavam como uma aldeã, arraigada à terra e às práticas tradicionais, e que realçavam as caracteristicas físicas que a tornaram única, como as sobrancelhas unidas. Eles também permitiriam que ela se tornasse financeiramente independente de Diego: ela receberia encomendas e pintaria muitos autorretratos, muito parecidos, como se fossem feitos em série, para começar a viver de sua pintura. A continuação do texto está na próxima faixa.

Texto Pulquería La Rosita

Texto Pulquería La Rosita

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PULQUERÍA LA ROSITA No dia em que Frida Kahlo começou a dar aulas de pintura na escola La Esmeralda, seus alunos perceberam que ela não seria como os outros professores que haviam conhecido. Ela mesma comunicou a eles que, mais do que professora, seria uma amiga e catalisadora. Ela queria que eles saíssem da sala de aula para aprender sobre seu ambiente e as tradições de seu país. Ela queria que eles confiassem em seu talento e levassem a arte para as ruas. Ela queria que eles traduzissem suas descobertas em murais acessíveis ao público. Por isso, ela sugeriu que eles se dedicassem a um costume mexicano: decorar as pulquerías, bares onde se vendem pulque, uma bebida alcoólica tradicional do país. A pulquería La Rosita foi o local escolhido para a implementação do projeto. Nas paredes do bar, os Fridos recriaram cenas do cotidiano, hábitos e dezenas de rosas minúsculas, fazendo referência ao nome do lugar. A paleta da professora, rica em cores vivas, foi a inspiração. A inauguração da nova decoração, em 19 de junho de 1943, foi um evento em si: personalidades do meio cultural se mesclavam às pessoas do bairro, havia comida e bebida, trajes tehuanos, músicos mariachi e até fogos de artifício. Foi um sucesso que lhes angariou novos projetos.

Sala Imersiva

Sala Imersiva

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SALA IMERSIVA Esta é de longe a maior sala da exposição. Ela tem 325 metros quadrados e sua proposta é de uma experiência imersiva. No centro da sala estão alguns bancos onde você pode se sentar. No chão, nos bancos e nas paredes está sendo projetado um vídeo com cores, textos, texturas, fotos, mapas e diversas imagens relacionadas ao universo de Frida. Em dado momento a sala fica toda azul, com texturas como se fossem pétalas pintadas por um pincel. Em seguida, a sala fica escura e surge a imagem de uma nuvem cinza, que fica azulada. Neste fundo azul surgem linhas de um mapa e uma data: 1907. Ao lado uma foto de Frida Kahlo, onde ela olha altivamente para frente. Em outra parede está a bandeira do México… O que impacta nesta experiência é se sentir mergulhado nas cores, luzes, textos e sons que estão ao nosso redor e, às vezes, se projetam sobre nós.

Sala Realidade Virtual

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SALA REALIDADE VIRTUAL A última sala da exposição oferece um conteúdo extra. Próximas às paredes estão cerca de 20 cadeiras, cada uma com óculos de realidade virtual sobre elas, para acessar este conteúdo. Na parte superior da parede, atrás das cadeiras, estão luzes neon vermelhas que iluminam a sala. Elas são tubulares e retas e estão dispostas aleatoriamente em posições diagonais de diferentes ângulos. Sobre a porta de saída, em letras de led vermelho, está escrito o nome do patrocinador da sala. O vídeo da realidade virtual nos coloca diante de Frida, junto com uma banda de Mariachis, gênero musical mexicano, onde os músicos se vestem com trajes típicos. Frida está com um vestido longo e colorido, e os Mariachis com ternos pretos, gravatas coloridas e os clássicos chapéus com suas grandes abas. Ao som dos Mariachis avançamos por cenários presentes na trajetória de Frida. Seu quarto, que observamos como se estivéssemos deitados em sua cama. Sobre a cama avançamos para uma área externa rodeada de paredes de pedras cinzas, sob um exuberante céu azul com algumas nuvens brancas. Passamos por um pórtico azul ladeados de plantas e cactos e chegamos a uma rua ampla, rodeada pelas fachadas das construções típicas do México, antigas e coloridas. Seguimos essa viagem deitados na cama de Frida. A cama começa a subir ao céu, como se estivesse voando. Passamos por entre raios, trovões e uma enorme melancia cortada ao meio. O céu está repleto delas e suas sementes caem como se fosse a chuva. Tudo fica escuro e estamos diante da caveira de Frida cercada por várias frutas. Entramos por sua boca e pairamos sobre um azul cheio de frutas. Depois chegamos a um lugar colorido, com escadas, caveiras, flores, cruzes e portas, como se estivéssemos dentro de um quadro de Frida. Seguimos por entre imagens de seus quadros e voltamos a encontrá-la junto com os Mariachis. E assim termina nosso passeio.

Texto Cadavre Exquis

Texto Cadavre Exquis

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Na parede da sala de realidade virtual está o seguinte texto: CADAVRE EXQUIS A experiência de realidade virtual é inspirada na vida e na obra de Frida, ilustrando tanto seu ambiente e seu universo pictórico, quanto a imaginação particular que a tornou uma artista inimitável. Essa jornada visual é dividida em três fases: A exploração de sua vida: o espectador entra na casa de Frida em Coyoacán, no início do século XX, e começa a jornada a partir da cama onde ela passou sua longa convalescença. Sua imaginação: o passeio continua com uma viagem onírica por cenas com elementos visuais característicos do trabalho da artista. Morte: o luto e o altar, elementos essenciais profundamente enraizados na cultura mexicana, são os personagens principais aqui, e darão lugar ao renascimento iconográfico da figura de Frida, graças à era digital.

Loja e Despedida

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DESPEDIDA Chegamos ao fim da nossa viagem. Esperamos que sua experiência tenha sido emocionante e enriquecedora, e que você saia daqui carregando um pouco deste universo tão cheio de nuances, criatividade, força e potência. Na saída da exposição ainda há uma pequena loja onde você pode adquirir uma lembrança dessa jornada. Ali você pode comprar canecas, camisetas, bolsas e outros souvenirs, para você ou para levar de presente para quem você gosta. Tomara que você tenha gostado deste mergulho! Até a próxima!

Ficha Técnica

MINISTÉRIO DA CULTURA E BRADESCO Apresentam FRIDA KAHLO UMA BIOGRAFIA IMERSIVA Diretor Geral Cicão Chies Dody Sirena Rafael Reisman Rodrigo Mathias Fernando Ligorio Direção Artística & Curadoria Rafael Reisman Diretora de Operação Andrea Orsovay Direção Executiva Carolina Busch Francis Rodrigo Ziembowicz Rodolfo Maggioni Thiago Ferreira Victor Amorim Direção Corporativa Ari Martire Diego Ruiz Otavio Bannwart Sylvia Gomes da Silveira Direção de Infraestrutura/ Técnica Renato Oliveira Marketing & Comunicação Beatriz Ribeiro Dori Neto Horácio Brandão (Midiorama Comunicação e Imagem) Luana Luna Lucas Bonini Lucyano Palheta Marcelo Klein Palma Comunicação Otavio Bannwart Rose Batista Diego Nogueira Jurídico Mariana Barci Sylvia Gomes da Silveira Gestão de Patrocínio Arthur Tardioli Carmella Tonet Rivaldo Guimarães Giovanna Lourenço Arquitetura e Projeto Expográfico Patricia Papassoni Coordenação de Planejamento Comercial Carolina Serodio Gabriel Cury João lanella Maria Luiza Magri Design e Direção de Arte Marlon Aymes Coordenação de Bilheteria Gabrielle Augusta Leal Financeiro Amauri Carvalho Caio Arruda Cleide dos Santos Daiane Pinheiros Debora Queiroz Produção Geral e Operações Alanys Ramos Carlos Alberto João Victor Motta Marco Antônio Mônica Fidale Coordenação de Cenografia Lucas Barreto de Sá Iluminação Alexandre Soares Felipe Hajimo Cornetti Miyake Jose Claudio Pereira Rodrigues Miguel Fernando Santos da Silva Projeção ON PROJEÇÕES Cordenação Hugo Marcelo Mendes Rodrigues Luciana Rezende Barcellos Ricardo Teles da Silva Carolina Guarniero Corrêa Ricardo Venier de Macedo Operacional/Montagem Cícero Jonas Barbosa Edison Dias Montes João Victor Motta Lucas Cabral de Oliveira Tércio Diego Soares Santos Rodrigues William Pimentel da Silva Elétrica Coordenação Verdimar Ribeiro Eletricistas Alexandre Pedroso de Oliveira Edgard Pedroso Nogueira Cenografia RCD Produção de Arte Coordenação Geral Ricardo Cavalcanti Coordenação Técnica Adriano Passos e Bruno Peixoto Cenotécnicos Agnaldo Queiroz André Passos Bruno Gonçalves Peixoto Clásio Vieira Davi Daltro Tapeçaria Renato Ramalho Joze Karlos Araujo Liberações e Alvarás Dr. Sergio Castro Adereços e Designer de Flores João Victor Motta Vitor Costa Tenda RECON Operação de Venda de Ingressos Eventim Climatização Elvis Batista da Silva Italo Pereira da Silva Henrique Albuquerque Carmine Luandonson Ferreira Luz Lycra/Riggers/Serralheria UP Arte em Altura Anderson dos Santos Belmiro Diego Florentino de Souza Sampaio Ericsson Elisa da Silva Alves Jessica Caetano Gusmão Jhony Maicon Pereira da Silva Rodrigo Soares Wanisangk Waldimiro José Gonçalves Junior Walmir José Gonçalves Wilgner Schalder Carvalho Impressão de Comunicação Visual 24h Impressão Digital Urbe Monitoria e Atendimento ao Público Kiwi Live Marketing Limpeza, Segurança, Carregadores e Bombeiros Sunset Agência de Turismo Lampatur

Ficha Técnica